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A Rússia reconheceu a independência das regiões georgianas separatistas da Ossétia do Sul e Abkházia. O «Ocidente» não gostou. E protestou. Baixinho, mas protestou. Medvedev, o Presidente russo, respondeu de imediato aos protestos: «Não temos medo de nada e isso inclui uma Guerra Fria». Por sua vez, o representante russo na Nato aumentou a parada, ao afirmar que a atmosfera política na Europa «recorda os tempos que antecederam a I Guerra Mundial». Repito: há no ar, nestas coisas dos impérios, acumulações quantitativas que vão dar mudanças qualitativas. É só esperar mais um pouco.
Ainda a propósito de russos e georgianos, em particular, e do Cáucaso, em geral, talvez seja bom reler Tolstoi (Khadji-Murat, Cavalo de Ferro Editores, 2005), a sua última obra ficcional, escrita em 1904: uma critica mordaz às manipulações czaristas na região (ou, esta, terá sido, apenas, «uma imagem pré-formatada para oferecer às criancinhas?»).
PS: quem estiver sinceramente interessado em «trocar umas ideias obre o assunto» não precisa de usar as «caixas de comentários» dos blogues. Estas são, maioritariamente, destinadas ao gozo da irresponsabilidade anónima, a narcisistas encartados e a funcionários partidários que são remunerados, na maior parte dos casos, para enviar «cartas à redacção», participar nos «fóruns» radiofónicos, nas micro-manifestações e nos blogues. Confundir esta actividade profissional com liberdade ou democracia é o mesmo que chamar estrada da Beira à beira da estrada.
O aventureiro Bush, com a invasão do Iraque e outros desmandos, internos e externos, colocou os EUA de cócoras: já nem pode com um gato pelo rabo. A EU assemelha-se a um clube recreativo sem poder para mandar um cego cantar. A China e a Rússia estão a tomar conta da «situação» e, concertadamente, dividem tarefas. O Irão, e outros figurantes, fazem as manobras de diversão próprias dos peões de brega. Há no ar, nestas coisas dos impérios, acumulações quantitativas que vão dar mudanças qualitativas. É só esperar mais um pouco.
Este post só tinha imagem, mas passa a ter texto. Do Pedro Correia:
Quem tem um Tibete ou uma Chechénia na carteira não pode deixar de vetar sanções ao Zimbabwe.