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A organização Repórteres sem Fronteiras promove anualmente um jogo, tipo roleta, em que «classifica» a liberdade de imprensa em cada país a partir da opinião de alguns jornalistas nativos. Como se trata de um jogo, os resultados são díspares e inconsistentes. Ao sabor da sorte e do humor de ocasião dos entrevistados. Em 2003, governava Durão Barroso, Portugal «classificou-se» em 28º lugar; depois, nos anos seguintes, ainda com governo Durão Barroso e Santana Lopes «melhorámos»: calhou-nos em sorte o 25º e o 23º lugar. Em 2006, já a governar José Sócrates, a «liberdade de imprensa» escancarou as portas e «entrámos» no top ten; um ano depois, em 2007, já «estávamos» em 8º lugar, ou seja, «dos melhores do mundo». Neste fatídico ano de 2008, a sorte não esteve ao «nosso» lado: fomos parar ao 16º lugar. Coisa grave! Dois comentários: primeiro, os Repórteres sem Fronteiras perdem credibilidade ao promoverem esta espécie de festival da canção da liberdade de imprensa; segundo, na água do banho vão os «comentadores» que, de imediato, sem pudor, declaram: «confirma-se a claustrofobia democrática».
(Sobre o mesmo assunto: aqui e aqui)