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Desde Dezembro de 2007 já foram despedidos 5,1 milhões de pessoas nos Estados Unidos.
Barack Obama começa a dar os primeiros avisos: ontem avisou que a recessão pode ficar por vários anos; hoje acrescentou que a situação económica dos EUA é cada vez mais grave e está a deteriorar-se.
Nos Estados Unidos não ter carro está cada vez mais caro.
«A recessão económica que irá afectar Portugal no próximo ano será menos acentuada do que a média da Zona Euro», conclui as previsões económicas de Novembro da Organização de Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE). Será prenda do menino Jesus?
As más notícias estão em alta, de Ferreira Fernandes, no DN.
José Manuel Fernandes, no editorial do Público de hoje, explica – apesar de não ser essa a sua intenção – duas coisas evidentes: a primeira, esta «crise» financeira e económica não é «nossa», veio de fora; a segunda, as políticas deste governo, sobretudo no controlo do deficit, permitiram aos portugueses aguentar melhor as primeiras «turbulências» e não sermos, na Europa, os primeiros a «mudar de vida».
Como depois de um terramoto, a economia real reajusta-se às novidades financeiras: o petróleo hoje, em Nova Iorque, valia 71 dólares o barril; o cobre desceu 33%; o café, o milho, o cacau e outras matérias-primas descem para valores praticados há um ano atrás. Ainda vão descer mais, pelo menos na ressaca. A torneira do dinheiro bancário deixou de jorrar. Agora só corre pingo a pingo. Quem compra tem menos dinheiro; quem vende precisa de dinheiro. E o dinheiro tornou-se (ao contrário dos últimos anos) um produto escasso. O mercado vai inevitavelmente regular os preços. O Estado, esse, compete-lhe regular as distorções e as euforias do mercado. Mas o passado diz-nos que a economia real se vai ajustar num outro patamar até que, depois de consolidada e em crescimento, venha nova euforia. Talvez em meados da próxima década. Faz parte das regras do jogo. Porque raramente se colhem ensinamentos duradoiros para o futuro. É a vida!
À atenção de Vital Moreira: «Apesar da reacção positiva dos mercados nos dois últimos dias, não há razão para declarar o fim da crise financeira e passar a um estado de entusiasmo exagerado», disse Jean-Claude Juncker, primeiro-ministro e ministro das Finanças do Luxemburgo e presidente do Eurogrupo, que reúne os ministros das Finanças dos 15 países da zona Euro.
George Bush pode deixar a Presidência dos Estados Unidos como o presidente mais impopular da história do país. Numa sondagem hoje publicada em The Washington Post, 70 % dos americanos desaprovam as políticas da Administração Bush. Os piores resultados de sempre pertenciam a Harry Truman (67%, 1952) e Richard Nixon (66%, 1974). É obra!
Hoje, os Republicanos, na Câmara dos Representantes, em nome da pureza ideológica «neoliberal», desautorizaram Bush, bombardearam McCain e deram indicação de voto em Obama. Ainda por cima, inutilmente. Daqui a uma semana vão dar o dito por não dito.
Como escreve Eduardo Graça: Jornada de protesto contra o preço dos combustíveis – vamos a isso!
A Reserva Federal dos EUA optou pela nacionalização da seguradora American International Group (AIG), entregando 85 000 milhões de dólares contra 80% dos activos da Companhia. A decisão da Reserva Federal, considerada a intervenção mais radical de sempre num negócio privado, vem demonstrar, mais uma vez, que os livros de receitas, mesmo com capítulos sobre falências, só servem para dar umas pistas. A arte está no cozinhar, não na receita. Os fundamentalismos e purismos ideológicos e económicos estão a ir ao tapete todos os dias. E, a procissão, apesar de já ter saído do adro, ainda está longe de regressar à Igreja.