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||| Citações.

por Tomás Vasques, em 13.04.09

«O cabeça de lista do PS às europeias, Soares, Alegre e outros defenderam que, sobretudo se ganhar as eleições, o Partido Socialista Europeu (PSE) deveria apresentar um candidato próprio à presidência da Comissão (CE) e não apoiar o candidato oriundo das fileiras do partido conservador, Barroso. Esta posição é congruente com a nova filosofia constitucional da UE e contribui para valorizar o papel das europeias no funcionamento do seu sistema político: é fundamental para que eleitores e partidos não as encarem como "eleições a feijões".»

 

André Freire, Público, 13.04.09

 

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publicado às 08:05

|||Citações.

por Tomás Vasques, em 30.03.09

«A Inquisição foi extinta a 31 de Março de 1821, há quase duzentos anos. Mas deixou trabalho para outros duzentos. Durante a sua existência, o país dividiu-se em acusados, acusadores e denunciantes, a maior parte deles anónimos. Se há categoria de gente reles é essa – a que vive feliz com a pequena denúncia, o rumor, a suspeita permanente, a ‘teoria da conspiração’, a insídia moral, o riso escarninho.

Junto com essa categoria há a outra, a dos que se ajoelham e se especializaram em justificações para agradar aos poderes – aos grandes e aos pequenos, aos gerais e aos particulares. Passados estes anos, a Inquisição ainda resiste. Só faltam as fogueiras. O povo gosta de ver. Os juízes, o melhor que têm a fazer, é exigir que se legalize a denúncia anónima. Aliás, já o fizeram»

Francisco José Viegas, Correio da Manhã, 30.03.09

 

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publicado às 08:43

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por Tomás Vasques, em 01.03.09

«Mas vi também Manuela, a propriamente dita, a tentar explorar a ausência de Sócrates numa reunião em Bruxelas e constatei novamente o império da táctica que vai na Rua de S. Caetano. É que se queriam – ou ao menos admitiam – vir a utilizar esta linha de argumentos, não deviam ter feito tanto marketing à volta de um parto familiar em Londres quando o País parecia subjugado à desordem desencadeada por transportadores rodoviários. Entre a escolha que então fez – humaníssima, de resto – e a escolha que agora fez o adversário vai a distância de esta não ter nada de civicamente criticável.»

 

Nuno Brederode Santos, DN, 01.03.09

 

 

«A dra. Manuela Ferreira Leite declarou "inaceitável" e "verdadeiramente escandaloso" o facto de Sócrates faltar à "cimeira" da "Europa" de ontem, domingo 28, por causa da "festa do PS", que ele "põe à frente do país". Para a dra. Ferreira Leite a dita "cimeira" é tão importante que não há "nenhum primeiro-ministro que não tenha obrigação de estar presente", "mesmo com 40º graus de febre". Não se percebe o que a levou a levantar esta tempestade num copo de água. (…) A dra. Manuel Ferreira Leite costuma intervir mal, a despropósito e fora de tom. E já se tornou claro que à volta dela não há ninguém com senso que a dirija e aconselhe.»

 

Vasco Pulido Valente, Público, 01.03.09

 

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publicado às 08:55

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por Tomás Vasques, em 27.02.09

«O que espanta no episódio de Braga e no episódio de Torres Vedras não é o zelo do Ministério Público ou da PSP. O que espanta é que eles claramente não vivem em 2009. Nunca viram um anúncio numa rua ou na televisão, nunca viram um filme e nunca ouviram a música dita popular - nunca, presumo, puseram o pé fora da igreja. Porque, se puseram, compreenderam com certeza, ou são incalculavelmente estúpidos, que a sociedade está saturada de pornografia. Ainda anteontem, por exemplo, a respeitabilíssima RTP mostrou uma obra de arte (não duvido da arte), em que cinco ou seis mulheres (nuas) exploravam longamente as possibilidades do sexo em grupo. Que tencionam fazer o Ministério Público, a PSP e, já agora, a devotíssima cidade de Braga para acabar com estes desvarios do século? Só me ocorre uma solução: arrasar Portugal e fechar as fronteiras

 

Vasco Pulido Valente, Público, 27.02. 09.

 

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publicado às 07:37

||| Citações.

por Tomás Vasques, em 22.02.09

«Mais forte é a convicção do Ministério Público em Torres Vedras. Aí, uma mãe de Bragança descaída no mapa lobrigou pecado gordo nas fotos de umas senhoras carenciadas, pelo menos daquele mínimo de roupa que assegura uma razoável dose de Islão na Cristandade. Cidadã vigil, queixou-se ao Ministério Público local, reclamando que fôssemos todos poupados à irredimível afronta da "pornografia" (numa extensão conceptual que nos torna todos culpados na banheira). Tiro e queda: proibindo a infâmia no escassíssimo tempo disponível, o pescoço da nossa virtude foi subtraído à guilhotina da nossa luxúria. Realista e folião, o autarca responsável disse aos media da sua surpresa, alimentou o folhetim e, muito institucionalmente, barafustou por requerimento. De um dia para o outro, um (ou uma?) jornalista tentou em vão contactar a ministra da Educação e eu próprio não consegui um comentário, nem do sócio mais antigo da Academia Almadense, nem sequer do dr. Vale e Azevedo. Só que a opinião pública fora já mordida pela cascavel da crítica mordaz. Pelo que o pronto recuo da autoridade - que o autarca, com cifrões no lugar das meninas (e falo das dos olhos) - se desnudou no que era: o baixar da ponte levadiça ao sitiante. Mas o procurador-geral, que foi à Madeira asseverar, para nossa tranquilidade, não haver lá mais corrupção do que no resto do País, explicou que o caso, afinal, era o MP estar em campanha eleitoral - coisa mística em que é melhor não interferir (mesmo quando ela interfere connosco). Mesmo sem a Barbarella, o episódio sugere que é Carnaval.»

 

Nuno Brederode Santos, DN, 22.01.09.

 

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publicado às 08:50

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por Tomás Vasques, em 06.02.09

«Agora há muitas universidades e apesar de haver muitos alunos também não chegam para todas. A concorrência é cruel e há tantos cursos que se torna difícil inventar um que não exista já. Experimente. É um divertido jogo de salão. Quanto mais imaginário parecer, maior a probabilidade das inscrições estarem abertas.


A publicidade das universidades não é menos imaginosa. Ontem reparei que a Universidade Autónoma de Lisboa – cujo logótipo tem uma coroa de louro em cima do A como agradecimento a Apolo - começou a anunciar-se como "A única universidade no centro de Lisboa".
De facto, não é mentira: é no Conde Redondo, tão perto do Marquês de Pombal como do Elefante Branco. Mais central não podia ser. Dá jeito estudar numa universidade tão bem situada. Sai-se das aulas e, passados uns minutos, pode-se estar na Smarta ou no Dolce e Gabbana.»

 

Miguel Esteves Cardoso, Público, 06.02.09

 

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publicado às 08:11

||| Citação [2].

por Tomás Vasques, em 03.02.09

O Fórum Social, que este ano voltou ao Brasil, onde começou há anos, em Porto Alegre, reuniu, como é habitual, alteromundialistas de diferentes tipos, vindos de vários continentes, mas também Chefes de Estado, como Lula da Silva, Hugo Chávez, Evo Morales, quase todos latino-americanos, mais ou menos radicais. Manifestaram-se violentamente contra o capitalismo financeiro-especulativo – o que está certo: esse tipo de capitalismo morreu – e em favor do socialismo. Mas que socialismo? Não, seguramente, o socialismo de tipo soviético ou, muito menos ainda, chinês... Do socialismo democrático, não gostam. Então, qual? Foi o que não ficou claro, num areópago essencialmente protestatório...

 

Mário Soares, DN, 03.02.09

 

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publicado às 08:15

||| Citações.

por Tomás Vasques, em 29.01.09

«A Pátria tem esta fraqueza: tudo que de bom ou mau de nós se diga para lá de Olivença tem uma enorme repercussão nas nossas lusas meninges

 

Helena Matos, Público, 29.01.09.

 

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publicado às 08:56

|||Citações.

por Tomás Vasques, em 25.01.09

«Preciso é de políticos que, virados para mim, não digam: "Portugueses", como se eles pairassem sobre o barco. Quero que digam, como Obama virado para os seus, "nós." E que esse nós me faça sentir que há nós.»

 

Ferreira Fernandes, DN, 25.01.09.

 

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publicado às 10:56

|||Citações.

por Tomás Vasques, em 17.01.09

«Parece claro e, mais do que isso, irrefutável que o casamento entre uma católica e um muçulmano é, ou devia ser, "um monte de sarilhos". O casamento entre uma católica e um muçulmano é mesmo em bom rigor impossível, excepto, se um ou outro se converterem, hipótese em que, evidentemente, já não se trataria de um casamento entre uma católica e um muçulmano.»

Vasco Pulido Valente, Público, 17.01.09

 

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publicado às 10:11

|||Citações.

por Tomás Vasques, em 31.12.08

«Os cálculos do Hamas são simples, cínicos e pérfidos: se morrerem israelitas inocentes, isso é bom; se morrerem palestinianos inocentes, é ainda melhor.»

 

Amos Oz, Público 31.01.08.

 

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publicado às 08:13

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por Tomás Vasques, em 04.12.08

«Saudar o início da era Obama é ir esperar Elvis Presley quando este descer de uma nave espacial em Graceland. Yes, he can? Depois desta, não me venham falar de expectativas exageradas

 

Ficheiros secretos, Miguel Gaspar, Público, 4.12.08

 

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publicado às 09:08

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por Tomás Vasques, em 06.11.08

«A América que deixou Billie Holiday morrer à porta de um hospital porque não era branca, foi aquela em que os negros se libertaram através da música e nesse processo mudaram toda a música do século XX. "Música de pretos" na origem, o jazz ou o blues foram desde sempre músicas abertas aos outros, aos brancos. Músicas de sábios negros, também, e eu sempre vi Nelson Mandela de uma certa maneira por um dia ter entrevistado o baterista Max Roach numa escadaria da Gulbenkian. O conhecimento tem um ritmo.


Fala-se pouco de jazz quando se fala de Barack Obama e pode parecer tolo pensá-lo. Mas é esta raiz musical que está por detrás daquela retórica que virou a América do avesso, que transformou os que assistiam ao discurso de vitória de Obama num coro de gospel repetindo "yes, we can". A América ontem foi digna dessa enorme herança de liberdade que não tem muito a ver com raça

 

Miguel Gaspar, Público, 06.11.08.

 

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publicado às 08:17

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por Tomás Vasques, em 07.09.08

«Num país pequeno como Portugal, onde as pessoas se cruzam e tornam a cruzar, a integridade intelectual e profissional desliza inevitavelmente para um "pessoalismo", que deforma o juízo mais claro e a vontade mais firme. As coisas não são o que são; são o que se vê pela simpatia ou pelo ódio, pela hostilidade ou pela tolerância

 

Vasco Pulido Valente, Público, 07.09.08.

 

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publicado às 09:03

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por Tomás Vasques, em 24.08.08

 

 

«Muito se disse e se escreveu sobre o que se convencionou chamar a "nova" criminalidade. O PSD pediu a demissão do ministro Rui Pereira e o CDS acusou o governo de ter "desertado". Há de facto um aumento do uso de armas de fogo em assaltos, carjacking, guerras de gangues e até, segundo parece, prosaicamente na rua. Mas talvez seja bom ver as coisas de mais perto. Na semana de 17 a 22 de Agosto, a "semana terrível", como ontem proclamava o Expresso, só uma operação parece planeada e conduzida por profissionais: o ataque a uma "carrinha de valores", na madrugada do dia 19. (…)

Quanto ao resto dos crimes, não passaram de crimes de amadores e renderam, ainda segundo o Expresso, no total, 1650 euros, dos quais 500 foram logo recuperados. Em Vagos, três jovens roubaram o supermercado da aldeia. Em Setúbal, um bando matou a tiro o dono de uma ourivesaria e fugiu sem nada. E da Beira ao Algarve, outros bandos levaram umas centenas de euros de postos de gasolina. É difícil ver a "modernidade" destas tristes façanhas. Já no século XIX as quadrilhas que infestavam o país tinham espingardas (não como as de hoje, claro está) e pilhavam cavalos (a forma contemporânea do carjacking). Antes do comboio, ninguém viajava sem uma escolta, principalmente no Alentejo e no interior. (…)

A criminalidade é um efeito da crise; e não é "nova", é uma velha, muito velha, tradição nacional.»

 

A "nova" criminalidade,  Vasco Pulido Valente, Público, 24.08.2008.

 

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publicado às 13:12



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