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A oposição é «o que está contra» e, por isso, tem por dever opor-se. Uma oposição que não se opõe demite-se de ser oposição. Logo, se se demite de ser oposição deixa de «estar contra» para estar a favor. E se está a favor já não é oposição. É neste silogismo que Manuela Ferreira Leite se deixou enlear. Se o Governo defende a avaliação dos professores, Manuela Ferreira Leite defende a suspensão dessa avaliação; se o Governo defende o TGV, a presidente do PSD diz que com que ela não esperem ver passar comboios; se o governo defende o investimento público para reanimar a economia, Manuela Ferreira Leite defende que não devia ser o Estado a estimular o investimento e o consumo, mas sim as famílias e as empresas, através da redução de imposto. Se o governo diz que o melhor é tomar dolviran, Manuela Ferreira Leite diz de imediato que nem pensar, o panadol é que bom. Mas o problema da presidente do PSD é que, quando não se tinha que opor, defendeu a avaliação dos professores; o TGV, o aumento de impostos para sustentar o investimento público e por aí fora. O mal de tudo isto é que o PSD não tem uma solução, uma alternativa. Apenas é «contra». E, depois, queixam-se que a comunicação social «fabrica» a convicção de que não há alternativa…