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Os professores estiveram ontem na rua. Vieram de todo o país para manifestarem o seu descontentamento. Independentemente das razões, a realização de uma grande manifestação de protesto é sempre um sinal de saúde de uma democracia e da liberdade. Quanto ao fundo da questão, a não ser que haja reserva mental, não há uma única voz, nos professores e nos dirigentes sindicais, contra a avaliação dos professores. Esta unanimidade à volta da necessidade de avaliar o trabalho dos professores é meio caminho andado. O protesto generalizado é, apenas, o que não é pouco, contra a avaliação proposta pelo Governo. É, pois, contra este modelo de avaliação. Os professores querem ser avaliados, não desta maneira, mas de outra. O problema é saber qual é a outra maneira. Pelo andar da carruagem, e porque nunca se encontrará a outra – a que agrade a gregos e troianos –, o que me parece que está em causa é a própria avaliação dos professores. O Governo, esse, vai ser avaliado por todos no próximo ano.