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O DN de hoje, a partir de um trabalho de investigação da revista checa Respekt, informa que Milan Kundera, aos 21 anos, denunciou à polícia «os movimentos suspeitos» de um jovem da sua idade, o qual viria a passar 14 anos na prisão. A revista checa trata o assunto como se o escritor checo não fosse militante do partido comunista na data do acontecimento, em 1950. O documento da denúncia agora revelado é de 14 de Março de 1950. Kundera foi expulso do partido comunista ainda nesse ano (foi readmitido seis anos depois e só foi expulso de novo em 1970). E como militante comunista, a denúncia apontada é um acto normal que em nada mancha o seu contributo conta o «regime», e muito menos o seu talento como escritor. Anormal é Kundera negar factos documentados e não os enquadrar historicamente. A não ser que se trate de documentos forjados. Mas não parece.