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Colocaram-me a seguinte questão:
«fico à espera que Tomás Vasques leia ou releia as edificantes páginas que Rui Mateus, no silenciado, esgotado e nunca reeditado livro CONTOS PROÍBIDOS – MEMÓRIAS DE UM PS DESCONHECIDO (edição da Dom Quixote), dedicou às relações do PS com a Roménia de Ceascescu, com o Iraque de Saddam Hussein e com a Coreia do Norte de Kim-Il-Sung e nos venha contar como é que ele faz para não carregar com essa «história» do seu partido.»
Eu conto:
É simples: demarco-me de posições, mesmo do PS, quando não estou de acordo.
Exemplo:
Escrevi, aqui, sobre o «despropositado convite ao Partido Comunista Chinês para se fazer representar no próximo Congresso do PS. As relações do Estado português com o Estado da República Popular da China são normais e desejáveis, mas relações partidárias? Na minha actividade profissional relaciono-me com quem tenho de relacionar-me, mas para jantar em minha casa só convido os meus amigos.»
Como já escrevi sobre muitos outras questões com as quais não estou de acordo.
Mas, quem nunca se demarca das posições do seu partido ou de seus destacados militantes, mesmo quando no íntimo não está de acordo, tem de carregar aos ombros tais posições, sejam recentes, ou remotas.
Não são acusações, são conivências.
Quem não percebe isto, não sabe o que é a liberdade de pensamento e de expressão.
Verá sempre bugalhos onde estão alhos. Verá sempre democracias onde estão ditaduras e vice-versa.
PS: Há quem bote faladura, através de comentários, em posts de outros blogues. A isso, e quando a mim se referem, respondo como no anúncio televisivo a uma cerveja: «oh Daniela, agora não dá!»