Pedro Rolo Duarte: «O que restava de certa esquerda a correr-me no sangue foi varrido em escassos dez dias, nos idos de 1993, quando umas inesperadas férias me levaram a Cuba. (…) Mas, em vez dessa felicidade que a propaganda vendia a rodos, em vez desse povo em festa permanente nas ruas, imagem de cartaz e de postal, encontrei miséria em todos os cantos e recantos da Ilha. Miséria disfarçada e escondida numa paz podre feita de policias que controlavam policias e outros policias para controlar os restantes. Miséria descarada nos racionamentos, nos professores universitários que acumulavam empregos para poder comprar um frango.»