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EU NÃO TENHO A CULPA.

por Tomás Vasques, em 17.09.12

O governo está desorientado. Parece que quer gerir a contabilidades das empresas privadas e a distribuição de lucros aos accionistas. Até obrigá-las a investir. Nem o glorioso partido comunista chinês, na aplicação da teoria de Deng Xiaoping e na construção da «economia de mercado socialista», foi tão longe. Tudo para justificar o disparate monumental de tirar dinheiro aos trabalhadores para dar às entidades patronais. Confesso: eu não tenho a culpa desta loucura que se apoderou de Victor Gaspar e que a passou a Passos Coelho. Isto deve ser obra do demónio ou dos neo-liberais de pacotilha que lhe afagaram os egos. O desespero não é bom conselheiro.

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publicado às 17:39

A SEMANA DAS ANÁLISES.

por Tomás Vasques, em 17.09.12

 

 

1.- O CDS-PP reuniu-se no fim-de-semana para “analisar” a posição do PSD sobre as medidas de austeridade a inscrever no Orçamento de Estado de 2013;

2.- o PSD vai reunir hoje a Comissão Permanente, e quarta-feira a Comissão Política Nacional, para “analisar” a posição do CDS-PP sobre as medidas de austeridade a inscrever no Orçamento de Estado de 2013;

3.- o presidente da República vai reunir o Conselho de Estado, na sexta-feira, para “analisar” a posição do CDS-PP e a posição do PSD sobre as medidas de austeridade a inscrever no Orçamento de Estado de 2013;

Se os resultados não forem conclusivos vão todos pedir contra-análise.

E nós a pensarmos que o Governo era sustentado por uma coligação estável e coesa.

Coesa já se percebeu que não é, nem vai ser.

Ainda será uma coligação?

 

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publicado às 12:50

 

No sábado, o país saiu à rua. Literalmente. Pessoas de todas as idades e de todas as crenças. Menos crentes e descrentes. Pessoas que não perdem uma manifestação e pessoas que se baptizaram em acções de protesto. Pessoas que estiveram no 1º de Maio de 1974 e na Alameda em 1975 e pessoas que andam à procura do primeiro emprego. Empregados e desempregados, jovens e reformados. A dimensão e as características inorgânicas do gigantesco protesto, convocado através das redes sociais, que levou à rua centenas de milhares de pessoas em todo o país, são um sinal claro de que os portugueses perderam a paciência com este governo e não vão permitir ser tratados a todo o tempo a pontapé, como cães enxotados. No sábado assistimos a uma lição de cidadania que pode, a desenvolver-se, ser uma nova qualidade da limitada democracia em que vivemos. Um novo “poder” a limitar os desmandos do poder, o tradicional “quero, posso e mando” de quem foi eleito para exercer a governação. E, desta vez, os desmandos ultrapassaram todas as fronteiras da decência política, da competência e do bom senso.

 

(LER MAIS AQUI)

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publicado às 08:05

ELEIÇÔES.

por Tomás Vasques, em 16.09.12

Paulo Portas esticou a corda até ao ponto de mostrar a incompetência de Passos Coelho. Para o líder do CDS-PP começou hoje a campanha eleitoral para as próximas legislativas antecipadas.

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publicado às 21:05

DESNORTE.

por Tomás Vasques, em 16.09.12

O PSD continua na senda do disparate e da incompetência: decidiu hoje convocar a Comissão Permanente e a Comissão Política do partido para "analisar em detalhe as declarações de Paulo Portas". Ainda se fosse para analisar os motivos da indignação e revolta dos portugueses expressas nas manifestações de ontem, compreendia-se. Demonstra que  a ligeireza que levou às declarações do dia 7 de Setembro continua a nortear o desnorte no PSD.

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publicado às 20:59

ESTALOU O VERNIZ.

por Tomás Vasques, em 15.09.12

O desespero faz estalar o verniz aos "novos pensadores". Talvez o Prozac ajude...

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publicado às 14:53

PRIMEIRO O VELÓRIO. DEPOIS O FUNERAL.

por Tomás Vasques, em 14.09.12

Cavaco Silva está a agir com a frieza tumular que caracteriza o seu modo de actuar em momentos destes. Primeiro disse, preto no branco, que se fosse necessário mais sacrifícios deviam ser pedidos a quem ainda não contribuiu para este esforço nacional. Passos Coelho ignorou-o e, a 7 de Setembro, carregou sobre os mesmos. Achando que não era altura de falar, Manuela Ferreira Leite veio à televisão, de forma clara e dura, exprimir a opinião de Cavaco Silva. Passos Coelho ignorou de novo Cavaco Silva e na entrevista de ontem não recuou um milímetro. Cavaco vai ouvir os parceiros socias na segunda-feira e convocou o Conselho de Estado para sexta-feira – sinal da dimensão da crise política que Passos Coelho abriu. Há aqui dois braços de ferro do primeiro-ministro: um – o mais fácil de resolver - com Paulo Portas, o parceiro da coligação; outro, mais difícil, com Cavaco Silva, que no passado já mostrou que quando o ignoram não perdoa. Aguardamos os resultados destes braços de ferro: se Passos Coelho recuar nas medidas já anunciadas, sobretudo na TSU, deixamos de ter, politicamente falando, um primeiro-ministro em Portugal e passamos a ter na chefia do governo um quarto membro da Troika e um grupo de assessores a quem chamam ministros; se Passos Coelho não recuar deixamos de ter presidente da República e “parceiro de coligação”, o que deixará a defesa da democracia directamente nas mãos dos portugueses. Podem encontrar uma solução de meias-tintas para mitigar o conflito institucional que está em cima da mesa mas, de qualquer forma, a prazo, a seita neo-liberal que se apoderou do PSD e do governo tem os dias contados. Mas ainda pode fazer muito mal aos portugueses e a Portugal.

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publicado às 19:16

EU VOU ESTAR NA RUA!

por Tomás Vasques, em 14.09.12

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publicado às 18:08

ESPEREMOS QUE O VELÓRIO NÃO DURE MUITO TEMPO.

por Tomás Vasques, em 12.09.12

Por estes dias, o país político parece um manicómio. Pouco mais de um ano depois do actual governo ter tomado posse, percebe-se – percebe cada vez maior número de portugueses – que esta equipa governativa, por incompetência e obsessão ideológica, agravou substancialmente os problemas com que Portugal já se debatia. O memorando inicial acordado com a troika, porque se tratava de um produto de “falcões” financeiros, deveria ser cumprido no seu limite mínimo, para bem dos portugueses e da nossa economia. O governo assumiu, desde o primeiro momento, o radicalismo de “ir além do memorando”, avançando pelo caminho mais fácil: sacar tudo o que pudesse sacar aos portugueses, sobretudo aos mais necessitados. Os resultados estão à vista. A economia desfaz-se. O consumo interno cai a pique. As empresas desaparecem. O desemprego aumenta. Em suma, maior pobreza, menos receitas fiscais, mais défice orçamental. A cegueira de uma Direita revanchista impediu-os de ver as consequências do caminho que trilharam. O desastre é tão grande que, mesmo com a troika a conceder mais tempo, e a aligeirar as metas, as medidas de austeridade não têm fim. Entrámos num círculo da loucura: mais austeridade para tapar os “buracos” orçamentais, o que provoca mais “buracos” a exigir mais austeridade. Este governo já não consegue sair deste círculo em que afundou Portugal. Daí a desorientação que marca estes dias. Vítor Gaspar já não sabe o que diz. Enumera “medidas necessárias” para 2013 e meia dúzia de horas depois, pressionado pelos próprios deputados da coligação que nos governa, diz que pode aliviar algumas dessas medidas; para a seguir dizer que ainda faltam “medidas” para alcançar o deficit deste ano que está nos 6% e é necessário vir para os 5%. Paulo Portas entra em “reflexão” e consulta os órgãos políticos do seu partido. A indignação popular e a revolta em relação às injustiças deste governo já não vão recuar. Tirar dinheiro a quem trabalha para o dar aos patrões foi a gota de água que desmascarou definitivamente este governo. Este governo já é um cadáver. Está à espera de ser enterrado. Esperemos que o velório não dure muito tempo.

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publicado às 21:35

TEMPOS DE RUPTURA.

por Tomás Vasques, em 12.09.12

“A guerra é a continuação da política por outros meios” – avisava o general prussiano von Clausewitz, numa altura em que os povos europeus serviam de carne para canhão nos campos de batalha, da França napoleónica à Rússia czarista. Mas a guerra não é a única manifestação da política por meios violentos. O empobrecimento implacável e sem escrúpulos, num curto espaço de tempo, planificado ao milímetro, de milhões e milhões de europeus, sobretudo no sul do continente, da Grécia a Portugal, da Espanha a Itália, é de uma violência própria dos tempos de guerra. A política que está a ser aplicada, por meios violentos, tem um objectivo claro: criar um gigantesco exército de desempregados, de famintos disponíveis a vender a sua força de trabalho quase a troco de comida, aterrorizados e sem direitos. Dificilmente poderá ser dada resposta adequada a esta política de terror, a esta política de ruptura, sem provocar outras rupturas. Vivemos tempos de rupturas. Já nada virá a ser com era. Desenganem-se.

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publicado às 09:36

A REVANCHE CONTINUA.

por Tomás Vasques, em 07.09.12

No dia em que o Instituto Nacional de Estatística anunciou que as exportações portuguesas de bens e serviços registaram, no segundo trimestre deste ano, o pior desempenho desde finais de 2009, o que em boa verdade indica a influência das políticas deste governo, Passos Coelho apresentou novas medidas de austeridade, depois de longos minutos de pura propaganda, onde não faltou o elogio a «programas desenhados para ajudar desempregados de longa duração» e empurrando a culpa destas novas medidas para cima do Tribunal Constitucional. Numa linguagem hermética, a necessitar de “tradução”, para evitar as vaias em todas as casas e cafés do país, lá foi dizendo ao que vinha: encontrou uma fórmula engenhosa de «sacar» os subsídios dos funcionários públicos e pensionistas em 2013, ao mesmo tempo que reduz os salários dos trabalhadores do sector privado em 7% (aumento de 11% para 18% para a segurança social). As empresas reduzem a sua participação. Medidas excepcionais sobre grandes fortunas, sobre os rendimentos de capital, sobre remunerações acima dos 10 mil euros mês, por exemplo, NADA. É claramente o governo da revanche sobre quem trabalha. E agora, oportunamente, vem o Jogo de Portugal.

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publicado às 19:44

NOTA POSITIVA.

por Tomás Vasques, em 06.09.12

 

A pressão da crise do Euro sobre a economia alemã permitiu que o Banco Central Europeu decidisse comprar «dívida de países que estão ou foram intervencionados e que vão regressar aos mercados, como é o caso de Portugal», em determinadas condições, as quais foram divulgadas hoje em conferência de imprensa pelo senhor Draghi. Esta decisão é insuficiente, mas é bem-vinda, sobretudo no contexto actual de desagregação da União Europeia, e pode permitir que Portugal regresse aos “mercados” em Setembro de 2013. Não alivia nenhuma das dificuldades imediatas dos portugueses, as quais se vão agravar substancialmente até finais de 2013. Mas esta decisão do BCE só pode ser vista como positiva. Tímida, insuficiente, mas positiva, não deixando arrastar a Espanha e a Itália, para já, para o fundo do poço. E só assim não entende quem aposta permanentemente no “quanto pior, melhor”, ajudando à sua maneira ao empobrecimento dos portugueses, da mesma forma que ajudaram o PSD/CDS-PP a chegar ao poder.

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publicado às 20:56

NÃO GOSTO DE VERSÕES ÚNICAS.

por Tomás Vasques, em 05.09.12

Tenho lido a «História de Portugal», coordenada por Rui Ramos, ao ritmo do semanário que a distribuiu - um fascículo por semana. Paralelamente, ao longo destas semanas li o que por aí se escreveu sobre o assunto, desde de Manuel Loff a Fernando Rosas, passando pela indiscritível Filomena Mónica . Gostei de ler esta «História de Portugal». Está bem escrita, dinâmica. Não é uma estopada. Atrai o leitor. Como republicano, laico e socialista olho para a 1ª República e para o Estado Novo de um modo diferente do que me sugere a interpretação feita na obra coordenada por Rui Ramos. Mas daí não vem mal ao mundo para quem não tem fantasmas no sótão, nem lutas político-partidárias em mente. Aliás, estimula a discussão e a polémica, o que é enriquecedor. A democracia é isso mesmo. Eu não gosto de viver num mundo com “versões únicas”- como aquela da “História do partido comunista da União Soviética”, contada por José Staline.

 

ps - Li alguns blogues defensores da "História de Portugal" de  Rui Ramos que, pelo seu sectarismo, só prejudicam a leitura tranquila da obra.

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publicado às 20:58

METEOROLOGIA*.

por Tomás Vasques, em 05.09.12

 

Foi Galileu quem descobriu a periodicidade do movimento pendular. Conta com o tempo para determinar a frequência. Contudo, Galileu não entrou em linha de conta com a paciência, sobretudo a paciência da Rússia. Putin aguarda, pacientemente, o fim do euro e a desintegração da União Europeia. Espera que a Grécia, maltratada e na miséria, a imprimir dracmas sem valor cambial, lhe bata à porta. E Putin, como no tempo dos czares, irá “ajudar”. E não se admirem se enviar alguma tropa para assegurar a “ordem”. Depois, já sem rede de protecção, virá a Lituânia, a Estónia e Letónia.  A Ucrânia já está lá. Quanto à Roménia e a Bulgária será, também, uma questão de paciência e de rublos. A Polónia será, como já foi, o território mais apetecido e decisivo. A Europa de hoje está no caminho da Europa de ontem. Todo o esforço financeiro que Putin faz hoje em armamento será um dia recompensado. Nessa altura, com Putin (ou qualquer outro czar) de novo às portas de Berlim, a Alemanha vai querer reeditar a Comunidade do Carvão e do Aço para começar de novo uma Europa que a proteja. Nessa altura, fazemos um manguito -todos os povos europeus - porque ficámos todos escaldados.  Eles que aturem o Putin nas ruas de Berlim, com muro ou sem muro, que nós nos tentaremos safar em escudos, pesetas ou liras.

 

(* A Meteorologia é a ciência que prevê o tempo que há-de chegar)

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publicado às 15:30

OUVIDA HOJE NA FARMÁCIA.

por Tomás Vasques, em 04.09.12


- Então, Albertina como é que vai?
- Mal, muito mal. O meu marido foi despedido e a minha filha não arranja emprego.
- Já ouvi dizer. Mas a vizinha dizia que pagava para ver o Sócrates fora do Governo.
- Pois…Mas nunca pensei que tinha que pagar tanto.

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publicado às 22:05




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