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ELES QUE ESPUMEM.

por Tomás Vasques, em 24.09.12

Leio alguns blogues da rapaziada militante neoliberal – poucos, diga-se em abono da verdade – que continuam a defender a falecida taxa social única, como se a salvação da “Pátria” passasse por essa medida. Revelam o desconsolo e a angústia de quem perdeu alguma coisa muito importante. Igual a esta lamúria, que me lembre, só os que choraram a “entrega das colónias aos pretos”. “A rua ganhou de novo” - escrevem. Eu sei que eles choram, quais carpideiras, mais do que a morte da TSU, a morte deste governo – do seu governo e, consequentemente, a morte da construção de um modelo económico em que a Segurança Social, a Saúde e a Educação seriam entregues, mais dia, menos dia, à ganância de grandes empresas privadas. O próprio Estado só passaria a tratar dos assuntos da “criação de riqueza”. A pobreza, que atinge milhões de portugueses, passaria a ser um assunto da competência da “iniciativa privada”. Eles espumam porque, depois da euforia de um ano e pouco, em que Passos Coelho lhes fez as vontades, só vêem na chefia do governo alguém acabado, titubeante, sem força política para destruir o país, como lhes tinha prometido. Eles que espumem. É bom sinal.

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publicado às 18:20

MESMO COM OS DIAS CONTADOS AINDA ESPERNEIA.

por Tomás Vasques, em 24.09.12

Leio nos jornais: «Francisco Louçã apela à união da oposição para moção de censura». Usa sempre a mesma fórmula. Fez o mesmo no fim da última legislatura. Os principais partidos da oposição, na altura, eram o PSD e o CDS-PP. Mas isso não fez pensar aquela cabecinha “opositora”. Ele quer, em qualquer circunstância, “unir-se” a toda a oposição, seja quem for. O resultado da sua última "união oposicionista" está à vista.

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publicado às 15:36

EXIGE-SE MAIS SERVIR DO QUE SERVIR-SE.

por Tomás Vasques, em 24.09.12

Os portugueses saíram à rua, num gigantesco protesto popular, no sábado, 15 de Setembro. Essas manifestações, pujantes e sem dono, assustaram o governo e incomodaram o regime – um regime democrático que quanto mais se afasta das pessoas, mais as teme. E o temor cresceu na proporção da ausência de controlo político, partidário e sindical daquele imensidão de pessoas que tomaram conta das ruas das principais cidades do país.

Provavelmente, se aquelas manifestações não tivessem acontecido, a semana passada não teria corrido como correu: uma corrida vertiginosa para “apagar” o que estava para trás, desde a desastrosa e iníqua “comunicação” ao país de Passos Coelho, a 7 de Setembro. Apesar da onda de indignação e reprovação das medidas anunciadas vir de todos os lados, o primeiro-ministro não teria estado tão receptivo às propostas dos “parceiros sociais”, nem tão fragilizado no debate parlamentar. Nem teria ido de baraço ao pescoço ouvir os conselheiros de Estado zurzir nos mal urdidos devaneios do seu ministro das Finanças. É só recordar que, já as vozes se ouviam por todo o lado, desde confederações patronais, supostamente beneficiadas, até ao líder do parceiro da coligação que sustenta o governo, ainda Passos Coelho se batia com unhas e dentes, na entrevista televisiva de 13 de Setembro, dois dias antes das manifestações, pela sua dama: baixar os salários de quem trabalha e transferir grande parte desse dinheiro para o cofre das entidades patronais. Admitiu aí, apenas e vagamente, estar disponível para, na discussão com os “parceiros sociais”, “calibrar” ou “modelar” a sua aberrante proposta sobre a Taxa Social Única. Entre o que Passos Coelho disse, dias antes nessa entrevista, e a reunião em Belém, na sexta-feira, em que a dita medida foi pelo cano de esgoto abaixo, houve um povo a dizer “basta” nas ruas.

 

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publicado às 11:41

SALÁRIO, PREÇO E LUCRO.

por Tomás Vasques, em 24.09.12

 

O Público de hoje dá a conhecer o estudo sobre salários em Portugal da consultora Mercer. A conclusão que dá título ao artigo: “os salários nominais (o que recebemos efectivamente no final do mês) desceram em praticamente todos os níveis hierárquicos das empresas. E quem mais perdeu foram os escalões mais baixos.” Efectivamente, tem sido esta a política do governo desde que tomou posse: empobrecer os mais pobres, sacar mais a quem menos tem. Esta lógica perversa de “ajustamento” através da redução de salários, sobretudo a quem menos ganha, está de tal modo entranhada na cabeça deste governo que, ao primeiro-ministro, pareceu “natural” tirar dinheiro dos salários aos trabalhadores e entrega-lo directamente às empresas. O rumo escolhido por este governo – um rumo que nada resolve, antes pelo contrário, como todos os indicadores económicos e os números da execução orçamental o demonstram – tem de ser afrontado, antes que transformem Portugal num gigantesco cemitério.

 

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publicado às 09:40



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