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No dia em que o Instituto Nacional de Estatística anunciou que as exportações portuguesas de bens e serviços registaram, no segundo trimestre deste ano, o pior desempenho desde finais de 2009, o que em boa verdade indica a influência das políticas deste governo, Passos Coelho apresentou novas medidas de austeridade, depois de longos minutos de pura propaganda, onde não faltou o elogio a «programas desenhados para ajudar desempregados de longa duração» e empurrando a culpa destas novas medidas para cima do Tribunal Constitucional. Numa linguagem hermética, a necessitar de “tradução”, para evitar as vaias em todas as casas e cafés do país, lá foi dizendo ao que vinha: encontrou uma fórmula engenhosa de «sacar» os subsídios dos funcionários públicos e pensionistas em 2013, ao mesmo tempo que reduz os salários dos trabalhadores do sector privado em 7% (aumento de 11% para 18% para a segurança social). As empresas reduzem a sua participação. Medidas excepcionais sobre grandes fortunas, sobre os rendimentos de capital, sobre remunerações acima dos 10 mil euros mês, por exemplo, NADA. É claramente o governo da revanche sobre quem trabalha. E agora, oportunamente, vem o Jogo de Portugal.