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A pressão da crise do Euro sobre a economia alemã permitiu que o Banco Central Europeu decidisse comprar «dívida de países que estão ou foram intervencionados e que vão regressar aos mercados, como é o caso de Portugal», em determinadas condições, as quais foram divulgadas hoje em conferência de imprensa pelo senhor Draghi. Esta decisão é insuficiente, mas é bem-vinda, sobretudo no contexto actual de desagregação da União Europeia, e pode permitir que Portugal regresse aos “mercados” em Setembro de 2013. Não alivia nenhuma das dificuldades imediatas dos portugueses, as quais se vão agravar substancialmente até finais de 2013. Mas esta decisão do BCE só pode ser vista como positiva. Tímida, insuficiente, mas positiva, não deixando arrastar a Espanha e a Itália, para já, para o fundo do poço. E só assim não entende quem aposta permanentemente no “quanto pior, melhor”, ajudando à sua maneira ao empobrecimento dos portugueses, da mesma forma que ajudaram o PSD/CDS-PP a chegar ao poder.