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Tenho lido a «História de Portugal», coordenada por Rui Ramos, ao ritmo do semanário que a distribuiu - um fascículo por semana. Paralelamente, ao longo destas semanas li o que por aí se escreveu sobre o assunto, desde de Manuel Loff a Fernando Rosas, passando pela indiscritível Filomena Mónica . Gostei de ler esta «História de Portugal». Está bem escrita, dinâmica. Não é uma estopada. Atrai o leitor. Como republicano, laico e socialista olho para a 1ª República e para o Estado Novo de um modo diferente do que me sugere a interpretação feita na obra coordenada por Rui Ramos. Mas daí não vem mal ao mundo para quem não tem fantasmas no sótão, nem lutas político-partidárias em mente. Aliás, estimula a discussão e a polémica, o que é enriquecedor. A democracia é isso mesmo. Eu não gosto de viver num mundo com “versões únicas”- como aquela da “História do partido comunista da União Soviética”, contada por José Staline.
ps - Li alguns blogues defensores da "História de Portugal" de Rui Ramos que, pelo seu sectarismo, só prejudicam a leitura tranquila da obra.
Foi Galileu quem descobriu a periodicidade do movimento pendular. Conta com o tempo para determinar a frequência. Contudo, Galileu não entrou em linha de conta com a paciência, sobretudo a paciência da Rússia. Putin aguarda, pacientemente, o fim do euro e a desintegração da União Europeia. Espera que a Grécia, maltratada e na miséria, a imprimir dracmas sem valor cambial, lhe bata à porta. E Putin, como no tempo dos czares, irá “ajudar”. E não se admirem se enviar alguma tropa para assegurar a “ordem”. Depois, já sem rede de protecção, virá a Lituânia, a Estónia e Letónia. A Ucrânia já está lá. Quanto à Roménia e a Bulgária será, também, uma questão de paciência e de rublos. A Polónia será, como já foi, o território mais apetecido e decisivo. A Europa de hoje está no caminho da Europa de ontem. Todo o esforço financeiro que Putin faz hoje em armamento será um dia recompensado. Nessa altura, com Putin (ou qualquer outro czar) de novo às portas de Berlim, a Alemanha vai querer reeditar a Comunidade do Carvão e do Aço para começar de novo uma Europa que a proteja. Nessa altura, fazemos um manguito -todos os povos europeus - porque ficámos todos escaldados. Eles que aturem o Putin nas ruas de Berlim, com muro ou sem muro, que nós nos tentaremos safar em escudos, pesetas ou liras.
(* A Meteorologia é a ciência que prevê o tempo que há-de chegar)