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O Presidente da República disse hoje que nunca mais irá falar sobre a pensão que recebe do Banco de Portugal. Disse ao jornalista que o questionou: «Nunca mais voltarei a pronunciar-me por uma simples razão: aquilo que os senhores têm escrito sobre o assunto não corresponde minimamente à verdade e já desisti de fornecer qualquer outro esclarecimento». Trata-se de uma frase ensaiada para fugir ao esclarecimento. Ora, se «não corresponde minimamente à verdade» o que foi noticiado, sobretudo o valor do conjunto das pensões de reforma, do BdP e da CGA, mais se exige que o senhor presidente esclareça de uma vez por todas: 1) Qual a valor das pensões de reforma que recebe? 2) Qual a razão que o fez optar pelas pensões de reforma em vez da remuneração devida ao cargo que ocupa e para o qual foi eleito? 3) Vai receber ou não os subsídios de férias e natal que foram retirados aos demais funcionários públicos e pensionistas? A transparência no exercício dos cargos públicos exige que não hajam vacas encoiradas.
Como vão longe os tempos em que o CDS-PP, em tom emproado, questionava no Parlamento o ministro socialista Correia de Campos, a propósito do encerramento de blocos de partos nos hospitais de Oliveira de Azeméis, Elvas, Santo Tirso, Barcelos ou de Lamego. E, no calor do debate, desafiou o governo «a não fazer política no sector da Saúde a pensar no défice». Agora, no governo, sem pinga de vergonha, prepara-se para fechar a Maternidade Alfredo da Costa.