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Somos testemunhas de um tempo de profundas
transformações, ainda sem fim à vista, como outras gerações testemunharam
guerras horrendas e holocaustos. Enquanto isto se torna cada vez mais evidente, os partidários da aplicação das violentas medidas
de austeridade que se abatem sobre os portugueses «custe o que custar», como
disse o senhor primeiro-ministro (escapam sempre os mesmos), andam eufóricos,
com se lhes tivesse saído a taluda. E já afloram, nas entrelinhas, que quem
assim não pensa é comunista, num raciocínio político muito semelhante aos que
circulavam nos velhos tempos do senhor de Santa Comba Dão. Batem palmas ao fim
dos feriados, à diminuição dos dias de férias, à supressão dos subsídios dos
funcionários públicos, à facilitação dos despedimentos, ao fim de prestações
sociais e por aí fora, como se os visados estivessem na origem da profunda
crise do sistema. Para acabar de adubar o caldo, só falta a esta esquizofrenia exigir
a nomeação de um coronel que de lápis azul em riste trate dos opositores e lhes
negue a palavra, a liberdade de resistir a esta paranóia liberal.
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