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A 12 de Março do ano passado, governava então o PS, e o PEV IV tinha acabado de sair do forno, a
«geração à rasca», os «indignados» ou que lhe queiram chamar, conseguiram encheram a Avenida da Liberdade, numa das maiores manifestações desde o 1º de Maio de 74. Escrevi, então, que aí se tinham entrecruzado, avenida abaixo, todas as gerações e todos os descontentamentos. No dia 15 de Outubro, os mesmos protagonistas convocaram nova manifestação. Apesar de mais reduzida na
participação, manteve ainda alguns traços que caracterizaram a primeira convocação. E, nesse dia, escrevi: este «movimento» corre o risco de se
afunilar, perdendo a diversidade que lhe deu força. Quanto mais peso o BE (e afins) tiver nas «palavras de ordem», menos mobilização haverá no futuro.» A manifestação de hoje, 21 de Janeiro, convocada na linha das anteriores, foi um fiasco colossal. Poucas centenas de gatos-pingados estão agora a botar palavra, reunidos em «assembleia popular» em frente ao Palácio de São Bento. Estão em família. Conhecem-se todos e repetem, ali, o que dizem, todos os dias, nas reuniões internas do Bloco. E, apesar de não representarem ninguém, estão muito contentes. O «movimento» da geração à rasca, indignados ou que lhes queiram chamar morreu às mãos da extrema-esquerda. Paz à sua alma!