Saltar para: Posts [1], Pesquisa e Arquivos [2]



Incoerências.

por Tomás Vasques, em 16.01.12

 As nomeações de assessores
para os gabinetes de ministros e secretários de Estado, correspondem em regra, salvo
algum caso particular, a necessidades e são escolhas pessoais, naturalmente. Não
é por aí que o gato vai às filhoses. O problema tem mais a ver com incoerência política
e falta de palavra dada: quando se está na oposição criticam-se essas
nomeações; quando se está no governo nomeia-se.

Autoria e outros dados (tags, etc)

publicado às 12:48

A grande farra.

por Tomás Vasques, em 16.01.12

 

 

Há mais de um século que, em
momentos como o que vivemos, citamos Eça de Queiroz, quando em Os Maias,
referindo-se a Portugal, escreveu: «Isto é uma
choldra torpe. Nunca houve uma choldra assim no universo!»
Os
portugueses têm cada vez mais razões para citar, com propriedade, o nosso
grande escritor do século XIX. A trapalhada do ministro das Finanças à volta
dos encargos com as pensões da Banca no Orçamento de 2012, o que vai exigir novos
sacrifícios ainda este ano, não apagou o que se passou a semana passada com as
escolhas – uma lista de agradecimentos ao primeiro-ministro - para o Conselho de
Supervisão da EDP ou para a Administração das Águas de Portugal e, sobretudo,
com o conhecimento das remunerações a atribuir a cada um dos contemplados. É
verdadeiramente pornográfico – comentou, com razão, Marques Mendes,
ex-presidente do PSD, num assomo de distanciamento.  

Num
país massacrado por violentas medidas de austeridade, assumidamente destinadas
a empobrecer milhões de portugueses, em que não escapam as famílias de menores
recursos, desempregados e reformados, é servido em bandejas de prata, a uma
casta que gravita à volta do poder político e económico, um despudorado
banquete – uma verdadeira orgia, a lembrar a
Grande Farra, de Marco Ferreri. E pago com
dinheiro de quem, em muitos casos, não tem dinheiro para comer. E não adianta o
governo e o seu primeiro-ministro, Passos Coelho, lavar as mãos como Pilatos e
«explicar» que a EDP é uma empresa privada e que não interferiu nas escolhas
anunciadas; ou que o Partido Comunistas Chinês escolheu «caras conhecidas e que
estiveram em Macau», na versão de Eduardo Catroga, ex-ministro das Finanças de
Cavaco Silva, um dos maiores beneficiados do descomunal regabofe das
privatizações. As facturas da electricidade, que atingem todos os portugueses,
empresas e famílias, mas sobretudo os que ganham salários de miséria, com um
aumento de 4%, mais o aumento do IVA de 6% para 23%, trazem a marca dos milhões
de euros de remunerações anuais atribuídas a esta gente impúdica e voraz.

 

(ler mais aqui)

Autoria e outros dados (tags, etc)

publicado às 11:59



Arquivo

  1. 2015
  2. J
  3. F
  4. M
  5. A
  6. M
  7. J
  8. J
  9. A
  10. S
  11. O
  12. N
  13. D
  14. 2014
  15. J
  16. F
  17. M
  18. A
  19. M
  20. J
  21. J
  22. A
  23. S
  24. O
  25. N
  26. D
  27. 2013
  28. J
  29. F
  30. M
  31. A
  32. M
  33. J
  34. J
  35. A
  36. S
  37. O
  38. N
  39. D
  40. 2012
  41. J
  42. F
  43. M
  44. A
  45. M
  46. J
  47. J
  48. A
  49. S
  50. O
  51. N
  52. D
  53. 2011
  54. J
  55. F
  56. M
  57. A
  58. M
  59. J
  60. J
  61. A
  62. S
  63. O
  64. N
  65. D
  66. 2010
  67. J
  68. F
  69. M
  70. A
  71. M
  72. J
  73. J
  74. A
  75. S
  76. O
  77. N
  78. D
  79. 2009
  80. J
  81. F
  82. M
  83. A
  84. M
  85. J
  86. J
  87. A
  88. S
  89. O
  90. N
  91. D
  92. 2008
  93. J
  94. F
  95. M
  96. A
  97. M
  98. J
  99. J
  100. A
  101. S
  102. O
  103. N
  104. D
  105. 2007
  106. J
  107. F
  108. M
  109. A
  110. M
  111. J
  112. J
  113. A
  114. S
  115. O
  116. N
  117. D
  118. 2006
  119. J
  120. F
  121. M
  122. A
  123. M
  124. J
  125. J
  126. A
  127. S
  128. O
  129. N
  130. D

Links

SOBRE LIVROS E OUTRAS ARTES

CONSULTA

LEITURA RECOMENDADA.