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Pois... pois...

por Tomás Vasques, em 30.01.12

Dirá António José Seguro: ainda bem!

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publicado às 16:04

Paulo Portas em acção.

por Tomás Vasques, em 30.01.12

Estamos à deriva?

por Tomás Vasques, em 30.01.12

 

 

A Europa desmorona-se, a cada dia que passa, às mãos de quem a dirige
politicamente – uma direita conservadora, ultra liberal, com epicentro em
Berlim, e um ajudante de campo em Paris. A Grécia, a quem foi aplicada uma dose
cavalar de empobrecimento, em curto espaço de tempo, está nos cuidados
intensivos, como não podia deixar de acontecer. Só ainda não lhe desligaram a
máquina dos euros com receio do contágio da doença a economias mais «pesadas»
como a Espanha e a Itália, senão mesmo a França, mas já avançaram com a ideia
peregrina de o país de Sócrates, Platão e Aristóteles se deixar ocupar
pacificamente pelos «bárbaros do Norte» - os germânicos -, os quais se mostraram
disponíveis para lhes gerir o Orçamento de Estado a troco do apoio financeiro. Portugal,
onde se aplica a mesma receita que tão maus resultados tem dado, está na calha,
entre as urgências e os cuidados intensivos, apesar do ministro das Finanças,
de vez em quando, em momentos de alucinação, falar em «ponto de viragem»,
quando se sabe que precisamos de novo «resgate», ainda mais volumoso, para não cairmos
na bancarrota; a Espanha, com mais de 5 milhões de desempregados, está a
percorrer o mesmo caminho, para não falar na Itália. Nos últimos dois anos, sob
a batuta alemã, tudo foi feito para chegarmos aqui. E o que é caricato, nesta
situação, são as vozes de quem não vê um palmo à frente do nariz, aqui dentro
de portas, a pedir mais austeridade, mais empobrecimento dos portugueses, mais horas
e dias de trabalho e menos férias, menos contestação sindical e mais cortes nas
despesas sociais essenciais, que ao Estado compete assegurar.

 

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publicado às 09:06

Viva a República!

por Tomás Vasques, em 26.01.12

O governo
vai acabar com os feriados do 5 de Outubro e do 1º de Dezembro. Aqui para nós,
que ninguém nos ouve, cada uma daquelas datas são referências simbólicas que
não dizem nada a ninguém, como nada diz a ninguém o feriado da nossa senhora
não sei quantos a 15 de Agosto. São feriados, ponto. A 1 de Dezembro juntam-se
uns caquécticos na Praça dos Restauradores e depois seguem para o Palácio da
Independência, ali nas imediações, a gritar vivas a D. João e à Casa de Bragança.
No 5 de Outubro, os Paços do Concelho de Lisboa recebem uma «cerimónia» para
convidados, onde o presidente da República discursa.  Estas duas datas são muito bem «comemoradas» pelos
portugueses sobretudo quando acertam em segundas ou sextas-feiras. Roubam-nos 2
feriados, dois dias de descanso. Não nos roubam mais nada.

Espero
que este ano, no dia 5 de Outubro, mesmo sem ser feriado, uma imensa multidão
se concentre na estátua de António José de Almeida (alguém sabe quem é?) e se
grite Vivas à República. Isso vale mais do que um feriado.

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publicado às 22:12

Os «indignados» do Bloco.

por Tomás Vasques, em 21.01.12

A 12 de Março do ano passado, governava então o PS, e o PEV IV tinha acabado de sair do forno, a
«geração à rasca», os «indignados» ou que lhe queiram chamar, conseguiram encheram a Avenida da Liberdade, numa das maiores manifestações desde o 1º de Maio de 74. Escrevi, então, que aí se tinham entrecruzado, avenida abaixo, todas as gerações e todos os descontentamentos. No dia 15 de Outubro, os mesmos protagonistas convocaram nova manifestação. Apesar de mais reduzida na
participação, manteve ainda alguns traços que caracterizaram a primeira convocação. E, nesse dia, escrevi: este «movimento» corre o risco de se
afunilar, perdendo a diversidade que lhe deu força. Quanto mais peso o BE (e afins) tiver nas «palavras de ordem», menos mobilização haverá no futuro.» A manifestação de hoje, 21 de Janeiro, convocada na linha das anteriores, foi um fiasco colossal. Poucas centenas de gatos-pingados estão agora a botar palavra, reunidos em «assembleia popular» em frente ao Palácio de São Bento. Estão em família. Conhecem-se todos e repetem, ali, o que dizem, todos os dias, nas reuniões internas do Bloco. E, apesar de não representarem ninguém, estão muito contentes. O «movimento» da geração à rasca, indignados ou que lhes queiram chamar morreu às mãos da extrema-esquerda. Paz à sua alma!

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publicado às 17:57

Ditaduras tropicais.

por Tomás Vasques, em 20.01.12

Morreu num hospital de Santiago de Cuba, após 50 dias em greve de fome, o preso político cubano
Wilmar Villar, de 31 anos. Só um regime e um governo de canalhas deixa morrer,
desta forma, um opositor político. Aguarda-se, no próximo Avante, a habitual lenga-lenga sobre as campanhas do «imperialismo
norte-americano» contra Cuba a propósito da morte de um «delinquente».

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publicado às 14:13

Os deuses devem estar loucos...

por Tomás Vasques, em 19.01.12

 

 

Portugal está a ferro e fogo, debaixo da artilharia pesada de um
governo que, representando os interesses dos grandes empresários e dos banqueiros,
quer fazer um ajuste de contas com o «modelo socialista». É neste contexto que João
Proença assinou, ontem, em nome da UGT, um documento denominado de «concertação
social» (o qual não concertou nada,
apenas desconcertou), enquanto a CGTP, que há quase 40 anos joga no quanto
pior, melhor, voltou a lavar as mãos, como se não tivesse ajudado Passos Coelho
a ganhar as últimas eleições. O dirigente da UGT, hoje, declarou que tinha sido
«incentivado» pela CGTP a assinar o dito «acordo», uma desculpa inenarrável,
mesmo que seja verdade. Carvalho da Silva, em nome da CGTP, «pondera» apresentar
uma queixa-crime contra a UGT. Entretanto, uns quantos deputados do PS e do BE
entregaram, hoje, no Tribunal Constitucional um pedido de fiscalização
sucessiva do Orçamento do Estado para 2012. Carlos Zorrinho, afirmou que a
direcção da bancada socialista se demarca totalmente desta iniciativa, evocando
a prevalência da fiscalização política do Orçamento em desfavor da fiscalização
judicial. Por sua vez, o líder parlamentar do PCP, Bernardino Soares,
anunciou hoje que os deputados comunistas não vão subscrever o pedido de
fiscalização da constitucionalidade do Orçamento do Estado apresentado por
socialistas e bloquistas. Confuso? Não, apenas difuso! Afinal de contas, Passos
Coelho é um sortudo: tem como oposição um PCP domesticado, um BE desorientado e
um PS colaborante, e sobretudo que se odeiam todos uns aos outros. Passos
Coelho tem todas as condições para fazer uma revisão constitucional à húngara. E
os portugueses que se fodam – os mais sensíveis que me desculpem a expressão.

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publicado às 18:56

Incoerências.

por Tomás Vasques, em 16.01.12

 As nomeações de assessores
para os gabinetes de ministros e secretários de Estado, correspondem em regra, salvo
algum caso particular, a necessidades e são escolhas pessoais, naturalmente. Não
é por aí que o gato vai às filhoses. O problema tem mais a ver com incoerência política
e falta de palavra dada: quando se está na oposição criticam-se essas
nomeações; quando se está no governo nomeia-se.

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publicado às 12:48

A grande farra.

por Tomás Vasques, em 16.01.12

 

 

Há mais de um século que, em
momentos como o que vivemos, citamos Eça de Queiroz, quando em Os Maias,
referindo-se a Portugal, escreveu: «Isto é uma
choldra torpe. Nunca houve uma choldra assim no universo!»
Os
portugueses têm cada vez mais razões para citar, com propriedade, o nosso
grande escritor do século XIX. A trapalhada do ministro das Finanças à volta
dos encargos com as pensões da Banca no Orçamento de 2012, o que vai exigir novos
sacrifícios ainda este ano, não apagou o que se passou a semana passada com as
escolhas – uma lista de agradecimentos ao primeiro-ministro - para o Conselho de
Supervisão da EDP ou para a Administração das Águas de Portugal e, sobretudo,
com o conhecimento das remunerações a atribuir a cada um dos contemplados. É
verdadeiramente pornográfico – comentou, com razão, Marques Mendes,
ex-presidente do PSD, num assomo de distanciamento.  

Num
país massacrado por violentas medidas de austeridade, assumidamente destinadas
a empobrecer milhões de portugueses, em que não escapam as famílias de menores
recursos, desempregados e reformados, é servido em bandejas de prata, a uma
casta que gravita à volta do poder político e económico, um despudorado
banquete – uma verdadeira orgia, a lembrar a
Grande Farra, de Marco Ferreri. E pago com
dinheiro de quem, em muitos casos, não tem dinheiro para comer. E não adianta o
governo e o seu primeiro-ministro, Passos Coelho, lavar as mãos como Pilatos e
«explicar» que a EDP é uma empresa privada e que não interferiu nas escolhas
anunciadas; ou que o Partido Comunistas Chinês escolheu «caras conhecidas e que
estiveram em Macau», na versão de Eduardo Catroga, ex-ministro das Finanças de
Cavaco Silva, um dos maiores beneficiados do descomunal regabofe das
privatizações. As facturas da electricidade, que atingem todos os portugueses,
empresas e famílias, mas sobretudo os que ganham salários de miséria, com um
aumento de 4%, mais o aumento do IVA de 6% para 23%, trazem a marca dos milhões
de euros de remunerações anuais atribuídas a esta gente impúdica e voraz.

 

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publicado às 11:59

Um passo à frente, dois passos atrás.

por Tomás Vasques, em 12.01.12

A EU abandonou a exigência da
senhora Merkel de introduzir nas Constituições de cada um dos Estados uma norma
que fixasse um limite para o deficit orçamental. A exigência alemã era um
perfeito disparate, igual a muitos outros vindos daquele lado. Primeiro, poucos
governos conseguiriam os consensos de maiorias qualificadas para alterar as
respectivas constituições, o que provocaria uma impossibilidade política de tal
exigência se concretizar. Segundo, tratava-se de uma norma imperfeita, sem
qualquer consequência ou sanção. Não estou a ver, em termos de funcionamento da
democracia, um governo cair «automaticamente» se, após a execução orçamental,
se verificasse um deficit superior ao consagrado na norma constitucional. E se caísse
«automaticamente», e fosse reeleito após novas eleições, era um governo «anticonstitucional»?
Estas tonterias à Merkel têm os seus defensores cá dentro de portas. Ainda irão
insistir nesta treta ou vão, agora, esquecer o assunto?

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publicado às 17:38

Os engulhos da Direita…

por Tomás Vasques, em 11.01.12

 

 

Leio os jornais: Eduardo Catroga está reformado e aufere uma pensão de reforma de cerca de 10 000 euros por mês. Leio os jornais: Eduardo
Catroga foi convidado pelos «accionistas» da EDP para um cargo qualquer, onde vai auferir a quantia de 45 000 euros por mês. Primeiro, um país em que isto acontece, já não é um país é uma choldra imunda; segundo, os milhões de portugueses que recebem o salário mínimo, e pensões de reforma miseráveis (o equivalente ao que os Catrogas deste regime entregam de gorjeta no restaurante), ou os desempregados têm o legítimo direito de pregarem fogo a este palheiro; terceiro, a luta de classes, na época em que vivemos, é de todo um povo contra
as castas que vivem, como vampiros, à custa do sangue dos outros; quarto, quando pago a factura de electricidade só me vem à memória a notícia:
prostituta é presa após morder o pénis de um cliente. Só que nesta história de
prostitutas ninguém é preso. O regime abandalhou-se a este ponto. Paz à sua alma! 

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publicado às 15:17

Rotativismo.

por Tomás Vasques, em 11.01.12

Os problemas com que os portugueses estão confrontados são comuns, mais coisa, menos coisa, a muitos outros países da EU (Grécia, Espanha,
Itália, França, Bélgica, Hungria). Os resultados (sobretudo os deficits orçamentais e o endividamento externo elevados) corresponderam a um «ciclo de
crescimento» dirigido pela ganância do sistema financeiro – bancos, mercados, agências de rating – que estimulou o consumo e o endividamento de Estados, empresas e famílias. A usurpação do poder pela Alemanha dentro da EU e da zona
Euro e a resposta inadequada (à medida dos interesses alemães) à crise das «dívidas soberanas» fez o resto: fim da EU, tal como foi concebida, dúvidas sobre a viabilidade do Euro e, sobretudo, o empobrecimento (que ainda agora começou) de milhões de europeus, a perda de direitos que atinge milhões de trabalhadores, a degradação acelerada da protecção na Saúde e na Segurança Social, a fragilização do património democrático da Europa e por tudo o mais que por aí vem.  Perante estas circunstâncias e estas dificuldades, as respostas não são fáceis e um mar de incerteza está à nossa frente. Mas dentro de todas as incertezas, tenho duas certezas: a) a passividade é cúmplice desta espiral de degradação; b) o PS tem de romper com o discurso e a prática que alimentou o rotativismo em que o regime saído da constituição de 1975 se alimentou, sobretudo nas últimas duas décadas. Escasseia o espaço
político e eleitoral para mais do mesmo. Se o PS se mantém nas falinhas mansas à espera da «alternância democrática» e não constrói (e agora é o tempo ideal para o fazer) soluções (sem receio de ousadias políticas que reforcem a democracia e restituam a confiança no regime) que alterem a podridão em que o regime se afunda, mais cedo do que tarde, isto vai acabar mal.  

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publicado às 12:00

Citações.

por Tomás Vasques, em 05.01.12

Por tudo isto, este começo de 2012 é sem dúvida uma excelente ocasião para se meditar numa sábia máxima do presidente Roosevelt: "Ser governado pelo dinheiro organizado é tão perigoso como sê-lo pelo crime organizado." E pense-se o que se pensar do tão falado gesto de Alexandre Soares dos Santos, ele dá a esta reflexão uma pertinência muito especial!

 

Manuel Maria Carrilho, no DN de hoje.

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publicado às 10:14

Delito de opinião.

por Tomás Vasques, em 04.01.12

Otelo Saraiva de Carvalho disse, em Novembro, uma tonteria qualquer sobre uma hipotética revolta militar. Não passou de uma mera opinião. O Ministério Público, a pedido de «um grupo de cidadãos», abriu um «inquérito» às declarações do militar na reforma.
Os tempos estão difíceis mas, confesso, ver restabelecido o delito de opinião
ainda não estava nas minhas previsões.

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publicado às 22:29

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