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Querem branquear o fontismo cavaquista?

por Tomás Vasques, em 29.09.11

 

 

Do Metro de Lisboa e Porto à CP, as empresas públicas de transportes devem mais de 20 mil milhões de euros. Há pessoas que acreditam – concedo que não estão de má fé – que tudo isto se deve a um só governo – o anterior, como há pessoas que acreditam que uma senhora da mitologia católica apareceu, num descampado, em cima de uma oliveira. Quem quer olhar para estas coisas a sério, sabe que a grande aposta nas auto-estradas, ou seja, a aposta no carro contra os transportes colectivos, é obra dos governos de Cavaco Silva entre 1985-95. Joaquim Ferreira do Amaral, ministro das Obras Públicas e Transportes da época, é considerado, na Wikipédia, «o artificie das auto-estradas portuguesas». E todos conhecemos, por exemplo, a sumptuosidade das estações do Metro de Lisboa da expansão iniciada no começo dos anos 90. A estação do Oriente tem a intervenção dos artistas plásticos António Segui, Artur Boyd, Erro, Hundertwasser, Yahou-Kussuma, Joaquim Rodrigo, Abdoulaye Konaté, Sean Scully, Raza, Zao Wou Ki  e Magdalena Abakanowic. Tudo em grande. E a monumentalidade calatraviana do apeadeiro ferroviário do Oriente, no Parque Expo? Fontismo puro e duro com o dinheiro que chegava, a rodos, de Bruxelas. Com esta política do final dos anos 80, começo dos anos 90, queriam que as empresas públicas de transporte dessem lucro? O criador de todos os monstros anda, agora, a dissertar sobre o encanto das vaquinhas nos Açores, como não tivesse a menor responsabilidade nisto tudo. O pecado original na política de transportes, no sufoco do ferroviário a favor do carro, e nos gastos à grande e à portuguesa, encontra-se no «modelo de desenvolvimento» definido após a entrada na União Europeia, nos anos de 85 a 95.  O resto é conversa fiada!

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publicado às 11:07

É a vida...

por Tomás Vasques, em 28.09.11

Manuel Maria Carrilho destaca a "impreparação" e "a falta de visão" como dois factores determinantes que marcam os primeiros tempos de trabalho do Governo.

 

Na origem da crise está Cavaco Silva.

 

Carrilho que era tão citado, há uns meses, pelos opositores do anterior governo, já não agrada a quem, então, o citava. Agora varrem-lhe as citações para debaixo do tapete.

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publicado às 16:12

Uma boa medida.

por Tomás Vasques, em 26.09.11

Isto sim, é cortar na despesa: Governo que reduzir em 35% o número de vereadores eleitos

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publicado às 17:27

Opinião. Mundo cão. Recado.

por Tomás Vasques, em 25.09.11

Tenho amigos, em diversos graus, e abrangendo todo o leque político. Como é natural, em democracia, cada um tem a sua opinião sobre tudo o que se passa à nossa volta. Alguns, disseram e escreveram sobre o anterior governo o que Maomé nunca disse do toucinho. Convivo bem com isso. Mais: penso que essa diversidade de opiniões é a essência da democracia. A tolerância, de liberal à moda antiga, em circunstância nenhuma me permite qualquer melindre pessoal, e muito menos me impede de uma cavaqueira ao fim do dia. Com quem tem opinião próxima da minha ou com quem tem opinião oposta. Por isso, não compreendo como a minha opinião melindra, agora, alguns desses meus amigos, sobretudo aqueles que pensam que o último governo foi o pior desde a morte de D. Afonso Henriques e que este, dirigido por Passos Coelho, é o melhor desde o paleolítico. Tenho uma certeza: vou continuar igual, a ter a minha opinião e a conviver bem – muito bem, mesmo – com a opinião dos outros. E quem não conviver bem com a minha opinião que vá de  férias. Pode ir a Cuba, a Angola ou à China, tanto faz.  

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publicado às 22:04

Discursos e impressões.

por Tomás Vasques, em 24.09.11

 

 

«Comemora-se em todo o país uma promulgação do despacho número Cem da Marinha Mercante Portuguesa, a que foi dado esse número não por acaso mas porque ele vem na sequência de outros noventa e nove anteriores promulgados....»

Presidente da República Portuguesa, Américo Thomaz.

- in revista Opção, ano II, n.º30

 

«Hoje reparei no sorriso das vacas, que estavam satisfeitíssimas, olhando para o pasto. Fiquei surpreendidíssimo por ver que as vacas avançavam, uma atrás das outras…»

Presidente da República Portuguesa, Cavaco Silva.

 

- in jornais e rádios.

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publicado às 14:33

Cada um goza como quer.

por Tomás Vasques, em 24.09.11

Foi ontem aprovado na generalidade, no Parlamento, projectos de lei do PCP, BE e PSD/CDS (que grande coligação) para criminalizar o enriquecimento ilícito. Houve um tempo em que eu barafustava, em nome de princípios democráticos, contra a violação do princípio da presunção de inocência ou contra a exigência de fazer prova de factos negativos. Porque estas violações começam, aparentemente, contra os «ricos» e os «corruptos», mas acabam sempre, mais cedo ou mais tarde, contra a maralha. O problema é a introdução de um novo princípio no ordenamento jurídico. Depois de introduzido não há nada a fazer, como diz a minha prima Hermenegilda. Há momentos, como o que vivemos, em que ir contra a corrente significa falar chinês em Mértola. Se vos dá gozo, a todos, PCP e BE incluídos, violar princípios básicos de protecção dos direitos e garantias dos cidadãos, em nome da luta contra a corrupção, com efeitos práticos reduzidos, como se verá, mas com consequências devastadoras, no futuro, contra qualquer pacato cidadão, gozem à vontade. Se fosse cristão, diria: perdoai-lhes senhor, porque não sabem o que fazem. Como não sou, digo: amanhem-se!

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publicado às 00:28

Museu de cera, no Funchal.

por Tomás Vasques, em 23.09.11

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publicado às 22:06

Viva a Revolução!

por Tomás Vasques, em 23.09.11

Há um raciocínio simples – tão simples que até assusta – na cabeça dos nossos actuais governantes: na economia de mercado a produção de riqueza está entregue à iniciativa privada; as empresas – através das quais se desempenha essa função – são pouco produtivas e pouco competitivas (de onde resulta, por exemplo, que o tomate espanhol entra em Portugal mais barato do que o produzido por cá ou que os nossos têxteis tenham dificuldade em competir no mercado externo). Isto, num mercado aberto e global aumenta as importações e diminui as exportações. E leva-nos à desgraça. Que fazer, então? Para produzirmos «riqueza», se não se pode desvalorizar a moeda, nem penalizar à má gestão das empresas, reduz-se o custo do trabalho – empobrece-se quem trabalha até ao osso. A coisa é fácil: diminuem-se os salários, o valor das horas extraordinárias, as indemnizações por cessação de contrato e por aí fora e saca-se mais algum, em impostos, sobre os seus «rendimentos». E, agora, parece que sempre que um empresário diminuir a rentabilidade da sua empresa ao pegar na mulher, nos filhos, na cunhada, na prima e no gato e parta de férias para a Tailândia, à custa dos dinheiros da empresa, no regresso, pode despedir um trabalhador para compensar a «perda de produtividade».

O resultado de tudo isto, vai ser, em menos de uma década, a criação de um exército de famintos, sem vida, nem comida; sem protecção, nem no trabalho, nem na saúde, endividados até ao tutano e desempregados. E, com um bónus para a produção de «riqueza»: passa a ser mais fácil contratar cada vez a preço mais baixo.

Se são estes os caminhos que o século XX produziu; se são estes os caminhos da democracia, da solidariedade, da sociedade mais justa e igualitária; se são estes os caminhos da Europa dos povos, que venha uma Revolução!

Pobre por pobre, tanto faz!

 

(Publicado no Polaroid).

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publicado às 12:25

Tesourinhos deprimentes.

por Tomás Vasques, em 19.09.11

Leio, aqui, pela pena de João Miranda, o seguinte: Definição de socialista: Aquele que depois de criticar a dívida da Madeira vai defender que por solidariedade a devemos pagar todos. Ora, quem não se quiser aparentar com socialistas, corneteiros e outra gente de má raça, deve ter na manga outra solução para o pagamento da tal dívida. A primeira é dizer: o Jardim que a pague! Expropriados todos bens patrimoniais do soba da ilha, mesmo sem acusação criminal, nem sentença judicial, se não der para pagar passemos à fase seguinte; os madeirenses que a paguem! No fundo, foram eles os «culpados». Depois de deixar todos os madeirenses na miséria absoluta (salvam-se sempre os que têm dinheiro a rodos) e se, mesmo assim não der para pagar toda a divida, aconselho pedirem o resto, a título de empréstimo, à minha prima Hermenegilda que tem uns cobres guardados.  Moral da história: quem não tem imaginação para encontrar quem pague a divida da Madeira é socialista!É um «bom» argumento!

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publicado às 22:47

A Madeira já não é o Jardim.

por Tomás Vasques, em 19.09.11

 

Nos últimos dias, Alberto João Jardim dá ideia de um felino caçado, enjaulado e passeado pelas ruas da cidade. É triste vê-lo balbuciar, com o semblante de um derrotado, comparações de governos da República com «os governo de Salazar» e meter os pés pelas mãos nas justificações para a fraude financeira dos últimos anos na Madeira. Perdeu a crista e a arrogância.  Ora diz, para ganhar votos, que escondeu os dados para resistir «aos socialistas, à maçonaria, e a essa tropa fandanga do continente», ora emite comunicados patéticos, onde escreve que não escondeu coisa nenhuma. A desorientação é completa. É claro que o «jardinismo», entendido como um grosseiro desvio às mais elementares regras democráticas, tolerado pelos partidos que governaram Portugal nos últimos 30 anos, morreu. Morreu definitivamente, mesmo que o PSD ganhe as próximas eleições regionais na Madeira. Mesmo que ganhe com maioria absoluta. Noutras dimensões, provavelmente, ainda se vão encontrar situações semelhantes às da Madeira em alguns municípios e empresas municipais. No entanto, a arrogância anti-democrática de Jardim justifica o revanchismo a que assistimos.

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publicado às 22:22

Blogue Polaroid.

por Tomás Vasques, em 19.09.11

Nasceu hoje um novo blogue de nome Polaroid. Na nota de abertura diz ao que vem. Sou um dos sete colaboradores.

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publicado às 16:02

Afinal, somos gregos.

por Tomás Vasques, em 19.09.11

 

 

O governo português, nomeadamente o primeiro-ministro, no que tem sido acompanhado pelo Presidente da República, têm insistido em transmitir, com tanta convicção, como subserviência, aos nossos credores, a ideia de que "Portugal não é a Grécia". No começo deste mês, Passos Coelho foi em peregrinação a Berlim vender esta ideia, que encerra todo um programa anti-europeu, à senhora Merkel. A ânsia de distanciamento em relação à Grécia só pode ser entendida como falta de solidariedade para com um dos estados-membros a atravessar dificuldades que resultam, tal como em Portugal, de muitos e muitos anos e de muitos e muitos governos. Esta falta de solidariedade, este apontar o dedo à Grécia como a "má da fita", excomungando-a, é das atitudes políticas que mais contribuem para a desagregação da União Europeia e do euro. É uma ideia querida entre a direita europeia mais conservadora e a extrema-direita, mas completamente desajustada na boca de dirigentes políticos, mesmo de direita, de um país como Portugal. Até o presidente do BCE, Jean-Claude Trichet, tem uma postura mais europeísta que o nosso primeiro-ministro e o nosso Presidente da República. Ontem, em Varsóvia, declarou que a Zona Euro, no seu conjunto, apresenta melhores resultados do que as economias de outros grandes países desenvolvidos, citando o exemplo dos Estados Unidos, onde o défice é de 8,8% contra os 4,5% na Zona Euro. E sublinhou que "estão a ser corrigidos os erros ao nível de alguns países, considerados individualmente", com défices e dívidas públicas altas, provavelmente referindo-se à Grécia, mas também a Portugal. Olhar a União Europeia como um todo e a Zona Euro no seu conjunto é a única atitude que nos pode salvar da ganância dos mercados e do espírito desagregador que se instala por todo o lado.

 

(Na integra aqui)

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publicado às 15:07

Tiros nos pés!

por Tomás Vasques, em 17.09.11

Aguarda-se, ainda, a conferência de imprensa do senhor Ministro Miguel Relvas sobre o caso das facturas escondidas na ilha da Madeira. E se decidir apresentá-las ao Parlamento, como prova do delito, vai ter de fretar 10 navios e 800 contentores. Há números mediáticos que se podem voltar, facilmente, contra o seu promotor.

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publicado às 18:06

O «novo» PS (2).

por Tomás Vasques, em 15.09.11

O grupo parlamentar do PS tem quase tantos vice-presidentes como deputados. Hoje, um vice-presidente do grupo parlamentar do PS, Pedro Nunes Santos – não faço a menor ideia quem é, mas os seus eleitores, provavelmente, identificam-no –, veio defender o seu líder parlamentar, Carlos Zorrinho, contra declarações de Francisco Assis que questionou declarações de Zorrinho. Se isto é o «novo» PS, vou ali já volto.

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publicado às 22:37

Sem comentários.

por Tomás Vasques, em 15.09.11

Uma história pouco católica. A ler na íntegra.

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publicado às 21:57

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