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Não me pronuncio sobre as escolhas do Governo para a Administração da Caixa Geral de Depósitos. Não me pronunciei no passado, não me pronuncio agora. Talvez mereça reparo o aumento do número de administradores quando se promete uma diminuição dos encargos do Estado e uma diminuição dos quadros dirigentes da Função Pública. Mas fico a pensar no estado em que se encontra a coluna vertebral daqueles que, no passado, vilipendiaram todas as nomeações de anteriores governos e agora se mantêm silenciosos, como se lhes tivessem metido uma pedra de mármore em cima. Como deve ser doloroso o seu sofrimento.
Num «frente a frente» na SIC N, Alfredo Barroso e Teresa Caeiro confrontaram-se. A avaliar pelos comentários que li nos blogues , e apesar do episódio entre os dois intervenientes ser menor, insignificante, revela uma fractura «ideológica» importante entre o PSD/CDS-PP e o PS, ao ponto de quem apoia o actual governo, alguns deles avençados, ter visto em Alfredo Barroso o troglodita. Os factos estão no vídeo disponível na Internet: Barroso leu uns pontos de um artigo publicado no Expresso. Teresa Caeiro não gostou do que lá estava escrito e, num primeiro momento, de forma deselegante, tratou o seu interlocutor por senhor Barroso, de forma depreciativa, quando este a tinha antes tratado por doutora Teresa Caeiro. De seguida, disparou ao «senhor Alfredo»: «esse é o lamaçal onde se gosta de mover». Estavam, naturalmente, abertas as hostilidades. Insisto: trata-se de um pormenor insignificante. Mas a forma com este facto foi comentado, em alguns casos com grande agressividade contra Alfredo Barroso, demonstra como os apoiantes deste governo se sentem incomodados e com problemas de consciência ao apoiar agora aquilo que criticaram durante muito tempo. O problema é deles!