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Já preenchi e enviei o questionário do Censos 2011. Agora, dizem os jornais, o INE vai ter de eliminar duas perguntas. Uma delas, completamente idiota: quem é que eu tinha cá em casa a dormir no dia 21 de Março. Em regra, não protesto com idiotices deste tipo. Respondo à letra. Se, por exemplo, estiver a passear na Praça do Giraldo, em Évora, e alguém me perguntar onde pode apanhar o comboio para Nova Iorque, eu respondo, calmamente: vá em frente e vire na terceira rua à direita. Neste caso, na resposta ao inquérito do INE, quando me surgiu a tal pergunta, eu nem parei para pensar, respondi à letra: a minha prima Hermenegilda, sexo feminino. Quem quer saber quem eu tinha cá em casa a dormir no dia 21 de Março leva com a minha prima Hermenegilda em cima. Não lhe ponho os olhos em cima há mais de um ano, nem sei que tratamento estatístico lhe vão dar, mas há coisas que, em regra, não vale a pena protestar. Tenho sempre a minha prima Hermenegilda pronta para estas situações.
«Isto está mau como era previsto. Hoje os juros estão quase nos 10 por cento. Acho que vem aí um grande sarilho. Deitaram abaixo o Governo, não aprovaram o PEC e agora vão pedir a quem deitaram abaixo para fazer as coisas?»
Basílio Horta, presidente da Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal.
Muitas vezes – a maior parte das vezes – é no pormenor que se revela o essencial. O site dos putos do PSD a «denunciar» a actividade do governo de gestão, sobretudo na área das nomeações – a área de interesse daquela organização juvenil, anuncia o que virá aí, caso o PSD ganhe as eleições. A coisa é de tal ordem escabrosa que promete fazer esquecer, num ápice, os piores momentos do governo de José Sócrates, principalmente o primeiro. No afã de encontrarem emprego por via do partido (mal genético dos «jotas» de todos os partidos), misturam deliberadamente e de má fé (se for por ignorância ainda temo mais o que nos pode acontecer) a mobilidade normal de concursos e promoções no quadro da administração pública com uma suposta promoção de boys do PS – ainda por cima vindo dali, do viveiro dos boys do PSD. Depois, mais requintados, omitem a data dos despachos, apresentando a data de publicação em DR como a data de abertura do concurso ou da nomeação. Aparenta um número de «fiscalização democrática», mas a concepção chavista que lhe está subjacente revela apenas a avidez de poder, de cargos e mordomias. E sorrio, com ironia. Sobretudo pelo silêncio de gente sempre pronta a denunciar esta decadência. Nos outros, obviamente.
«Se o PEC IV é uma espécie de receita FMI para evitar o propriamente dito FMI, não tenhamos ilusões: não se pode estar contra a austeridade do PEC IV e defender o recurso ao FMI. Até agora, o FMI nunca emprestou nada sem compromissos violentos de cortes na despesa pública que vão parar, sempre, à maior fatia de gastos do Estado, que é aquela onde é mais fácil cortar: salários, reformas e prestações sociais.»
Ana Sá Lopes, jornal i.
Amanhã, 5 de Abril, às 19 horas, inauguração de 2 exposições de obras recentes de Ricardo Paula no Movimento Arte Contemporânea. Parto hoje à meia-noite para o fim, na Rua do Sol ao Rato, 9 c e A tua saia e o azul mais escuro da noite, na Av. Álvares Cabral, 58-60, em Lisboa.