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Merkel: o trabalho do governo português "é excelente". Sabemos que se trata de conversa para a fotografia, mas não deixa de enervar a nomenclatura à volta de Pedro Passos Coelho.
Intelectuais argentinos próximos da presidente Cristina Kirchner, encabeçados por Horácio González, director da Biblioteca Nacional, querem que se reconsidere o convite a Vargas Llosa para abrir a Feira do Livro de Buenos Aires. Concretamente: querem proibir a presença do prémio Nobel, em Buenos Aires, por este se ter pronunciado várias vezes contra a política populista da presidente argentina. Ainda há intelectuais que não sabem que é proibido proibir.
José Sócrates tem encontro marcado coma a senhora Merkel no mesmo dia em que, segundo leio nos jornais, «analistas internacionais» – gestores de activos e agências de notação – nos dizem que Portugal, nas próximas semanas, vai recorrer à «ajuda externa» do Fundo Europeu de Estabilidade Financeira. (Aliás, há quase um ano que repetem a mesma ladainha, o que significa que, mais semana, menos semana, vão «acertar»). O país político está suspenso, praticamente desde Maio do ano passado, do tão apregoado pedido de «ajuda externa». Passos Coelho «interiorizou», desde que assumiu a liderança dos social-democratas, duas premissas: primeira, José Sócrates é um adversário político difícil de ganhar; segunda, quem derrubar o governo evidenciando «ganância de poder» será eleitoralmente penalizado. Por isso, há um ano que se empenha em «mostrar» a sua colaboração com o governo e já afirmou diversas vezes que o «momento» só chegará quando o governo solicitar a tal «ajuda externa» (facto que julga «incontestável» do insucesso governamental). Esta falta de coragem política, este calculismo (levado ao extremo na entrevista a Judite de Sousa, na RTP), está a deixar as suas hostes enervadas e os seus adversários internos menos contidos. Passos Coelho, neste ano de liderança do PSD, mostrou que, se um dia ganhar eleições legislativas, não é por ser visto como alternativa, mas como um mal menor.