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António Ribeiro Ferreira, jornalista e comentador, no Correio da Manhã, banqueteou-se que nem um nababo, durante dois ou três anos, no deboche do Freeport. Deleitado, todas as semanas abriu uma garrafa de champanhe. Agora, enjoado, vomita mal lhe falam em submarinos.
De que outra forma se pode ler uma coisa assim? Erros técnicos, mais telha menos telha, mais caleira menos caleira. O único dado relevante é o da possível violação da exclusividade ( e para isso não é necessário um caderno de obra), mas a peça não traz uma única novidade, não consegue provar nada.
O Público agora é fiscal de obras? Bem, tem muito que fazer dentro de portas.
O Eduardo Pitta coloca, com precisão milimétrica, a questão: o mundo desaba por todo o lado e o importante mesmo é a «construção de uma moradia na aldeia de Cavadoude, cujo projecto e direcção de obra têm o nome José Sócrates.»
Alguns dos cúmplices de O amor nos tempos da blogosfera, reunidos a convite do João Gomes de Almeida. Vou estar por lá com assiduidade.
O Público de hoje, em destaque, quer de primeira página, quer de edição, volta ao estafado assunto dos projectos assinados por José Sócrates, enquanto engenheiro técnico, há mais de vinte anos, na Câmara da Guarda, como se de um assunto novo se tratasse. Esta falta de criatividade jornalística e de percepção do interesse dos leitores; este navegar ao sabor das obsessões deste ou daquele jornalistas, é um dos motivos da crescente perda de leitores de alguns jornais. Como escreveu Vasco Pulido Valente, no sábado, na sua coluna no Público, quem lê jornais anda hoje fartíssimo de escândalos. E concluiu: «Mas basta o que basta. Não é preciso repetir a matéria. A época do escândalo por uns meses fechou.» Há quem não entenda isto.