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Respondendo à pergunta de Ítalo Calvino (Porquê Ler os Clássicos?) fui ler o Auto da Barca do Inferno, de Gil Vicente. Soltei umas gargalhadas (coisa que há quarenta e tal anos, quando li pela primeira vez, não me deve ter acontecido) nos diálogos com Brísida Vaz, a alcoviteira. Os clássicos têm a vantagem de resistir ao tempo.
Judite de Sousa, uma jornalista experiente, perguntou a Joe Berardo, no Funchal, para o telejornal da RTP: «A quem atribui esta tragédia?» Berardo respondeu, simples, como é seu hábito: «À chuva», e depois explicou a quantidade de litros por m2.
Com as escutas e outros meios policiais e judiciais centrados na luta política, quase não se dá por estas notícias: «O director nacional da Polícia Judiciária (PJ), Almeida Rodrigues, afirmou hoje na Assembleia da República que poderá ter de reequacionar a distribuição de meios “devido ao problema de uma organização terrorista estar a operar” em Portugal.»
Henrique Monteiro, Director do Expresso, disse hoje na Comissão de Ética que: «Numa noite, de quinta para sexta-feira, o Sr. Primeiro-ministro telefonou-me e pediu-me para não publicar a história da sua licenciatura». É preocupante como estamos a encarar a privacidade. Para além do deboche das escutas, a divulgação de conversas à mesa de restaurantes, em telefonemas e por aí fora, já nos parece normal. Mas não é. São sinais de decadência, de perda de valores, de perda da noção de privacidade.
Esta tarde, horas después de la muerte de Orlando Zapata Tamayo, Reinaldo y yo pudimos acercarnos a las cercanías del departamento de Medicina Legal en la calle Boyeros.
Un cordón de hombres de la seguridad de la estado vigilaba el lugar, pero logramos acercarnos a Reina, la madre del fallecido, y hacerle estas preguntas.
Dolor, indignación en nosotros… tristeza y entereza en ella.
Aquí les dejo la grabación, alternativa y sin apenas luz, pero testimonio desgarrador de la angustia de una madre.
O Estado vai passar a ter de pagar juros de mora sempre que se atrasar nos pagamentos.
A 3 de Abril de 2003, quando as atenções se concentravam na invasão do Iraque, pelos Estados Unidos, o governo castrista encarcerou 78 opositores ao regime por delito de opinião e de manifestação, condenando-os a penas que vão até aos 30 anos de prisão. Entre eles, Orlando Zapata Tamayo, um operário que, ontem, morreu num hospital de Havana, em luta contras as condições prisionais, depois de 85 dias de greve de fome. Não se percebe como os amigos do castrismo, a mais antiga ditadura na América Latina, não se envergonham quando, por cá, falam em «liberdade de expressão». Entre esses amigos do castrismo, chegou ontem a Cuba, o presidente do Brasil, Lula da Silva (juntamente com Hugo Chavéz), que sobre a repressão, a falta de liberdade e as prisões por delito de opinião em Cuba não tugiu, nem mugiu. Democratas…