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Ainda estamos no remanso pós-eleitoral, uma quieta melancolia, onde todos se vão medindo uns aos outros. E se o PS perdeu a maioria absoluta, a Oposição não saiu bem deste ciclo eleitoral. A liderança e o rumo do PSD continuam adiados, a definhar, desde que Cavaco Silva de lá saiu. Esperam sentados que o cansaço provoque efeitos e que a este governo socialista não suceda outro governo socialista. Todos espreitam a oportunidade de estar no lugar certo, no momento certo, como quem espera uma manhã de nevoeiro. O BE tem uma liderança inquestionável, mas adiou a sofreguidão de substituir o PS na governação. Louçã adiou a arrogância e a visão megalómana de ser primeiro-ministro. O PCP, depois dos combates de rua dos últimos 5 anos, interiorizou a sua insignificância eleitoral e aguarda com paciência de chinês que o capitalismo apodreça. O CDS-PP ganhou um novo alento, mas nada de significativo. Paulo Portas sabe que o seu peso político crescerá à custa do PSD, o que, a verificar-se, remeterá sempre os socialistas para o governo. As desforras estão marcadas para as presidenciais. Até lá, é só gerir o quotidiano, os egos e os afectos. Nada de reformas, nem de mudanças: o pessoal não gosta.