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O primeiro-ministro indigitado apresentou hoje ao presidente da República o novo governo. As pistas são claras: primeira, continuidade governativa (mantendo metade dos anteriores ministros em funções), respeitando a vontade expressa dos eleitores; segunda, justificada preocupação com as áreas das Finanças e da Economia, mantendo na primeira Teixeira dos Santos e nomeando para a segunda um ministro – Vieira da Silva – que, no anterior governo, levou a bom porto uma das principais reformas, a da Segurança Social; terceira, nas caras novas, uma clara aposta em «especialistas», quer pelo currículo académico, quer pela experiência, cujos exemplos mais evidentes são Helena André no Ministério do Trabalho e Solidariedade Social ou Dulce Pássaro no Ministério do Ambiente. Pode dizer-se que não há um único Ministro com peso político específico, mas isso não é garantia de uma boa governação; com também se pode dizer que, por exemplo, na Cultura se fica aquém das expectativas, mas isso é um juízo apriori sem conhecer as capacidades da nomeada para o desempenho do cargo. Podemos ainda questionar a flexibilidade de Jorge Lacão para o difícil cargo de ministro dos Assuntos Parlamentares ou o voluntarismo de Santos Silva para a pasta da Defesa, mas tal como os melões, só depois de abertos se conhece a sua qualidade. A ver vamos.