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Hoje Helena Matos e Filipa Martins protagonizaram o debate entre blogues, na TVI 24, moderado por Filipe Caetano e com imagem de Luís Silva.
Pode ver todos os debates aqui.
José Manuel Fernandes, Director do Público, numa extensa entrevista à Sic-Notícias, sintetizou o assunto do dia (o tema de capa do DN) de forma exemplar: «Andamos nisto há muitos anos e sabemos como se metem notícias nos jornais». Disse-o a propósito da notícia do DN, mas para bom entendedor, meia palavra basta.
Os argumentários políticos estão cada vez mais afanados. O PSD passou meses à sombra dos ataques políticos de Francisco Louçã e do BE ao primeiro-ministro, seguindo a «estratégia» de que quanto mais o BE subisse eleitoralmente mais possibilidades o PSD teria de ganhar as eleições. Manuela Ferreira Leite, no debate com Francisco Louçã, disse meia dúzia de vezes que estava de acordo com o dirigente do Bloco. Agora, depois de tanta simpatia derramada sobre a extrema-esquerda (por oportunismo táctico), é que, quase a mijarem-se pelas calças abaixo, vêm alertar contra o perigo «revolucionário» de um governo PS-BE. O PSD pode dormir descansado, como no passado, porque o PS tem história, tem memória e encabeçou, só para exemplo, a grande jornada pela liberdade e pela democracia na Fonte Luminosa.
O empresário Belmiro de Azevedo recomendou hoje à equipa do diário PÚBLICO, do Grupo Sonae, «que não se deixe assustar por opiniões um bocado desastradas de alguns governantes que querem mandar no Público sem pôr lá dinheiro nenhum». Esta é a frase mais demolidora que alguém jamais produziu contra a «isenção» do jornalismo e, em concreto, daquele diário.
Há dias escrevi:
E se, por exemplo, amanhã a administração da Sonae decidir dispensar o director do Público (como hoje circulou nos mentideros), o qual se tem distinguido pela crítica ao governo, como a administração da Média Capital dispensou Moura Guedes? Quem está a «manobrar os cordelinhos»? O governo ou os grupos económicos? Parece que esta questão da liberdade de imprensa é mais profunda do que a espuma dos dias nos quer fazer acreditar.
Belmiro de Azevedo esclareceu hoje, com frontalidade, quem «manobra os cordelinhos» da «asfixia democrática».