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Leio nos jornais que Cavaco Silva, em visita oficial à Áustria, anda a promover o turismo nacional. Com esta finalidade, disse num discurso: «Portugal, para os austríacos, incluindo os vienenses, é frequentemente associado a imagens de sol e de praia. Mas somos, também, um património que reflecte uma história riquíssima, a beleza paisagística multifacetada do nosso interior continental e das nossas ilhas atlânticas e uma sociedade aberta à modernidade. Espero que cada vez mais vienenses se sintam estimulados a melhor conhecer este Portugal». É natural, faz parte das suas funções, quer do presidente da República, quer do primeiro-ministro, quer de qualquer ministro, sobretudo o da Economia, quando se deslocam ao estrangeiro procurem fomentar as relações comerciais com Portugal ou promover os nossos produtos. Mas as línguas viperinas da nossa praça, afiadas pela cegueira partidária, disseram cobras e lagartos quando o primeiro-ministro promoveu no estrangeiro o famoso computador Magalhães. Se algumas dessas almas penadas conseguisse utilizar as duas partes da cabeça ao mesmo tempo, hoje diriam que Cavaco Silva anda na Áustria a vender hotelaria. Mas não têm essa coragem política. Estão em silêncio a morder a língua.
Em resposta ao SIMplex, apareceu hoje oficialmente (e finalmente) o Jamais – o blogue onde se reúne um conjunto de pessoas que gostariam de ver o PSD ganhar as próximas eleições legislativas. A coisa promete…
Desde sempre, desde tempos imemoriais, mas para não ir mais longe, desde Roma – a do Império – que há uma justiça para ricos e uma justiça para pobres. E nem a experiência soviética e seus derivados alterou esta realidade. O juiz desembargador Rui Rangel - coitado - só descobriu isso agora. E o mais caricato é que atribui ao actual governo a principal responsabilidade por esta situação. Arcar com a responsabilidade de, pelos menos, dois mil anos, é obra! É mau, muito mau mesmo, sobretudo para os pobres, saber que a «Justiça» está nas mãos desta casta cujos interesses corporativos se sobrepõe à Justiça. Rui Rangel explicou o que o motiva: este governo é o «principal responsável», apenas e só porque, segundo as suas palavras, disse: «Estes senhores têm férias a mais, não trabalham, pelo que o problema dos atrasos nos tribunais tem a ver com as férias a mais». Se este governo não tivesse mexido nos seus privilégios, certamente, para o juiz Rangel, este governo teria sido um «bom governo» Há uma justiça para ricos e uma justiça para pobres. É inquestionável. Mas o juiz Rangel e os seus pares são tão responsáveis, ou mais, do que todos os que nos governam desde Afonso Henriques.