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Muito por culpa da nossa cultura política estruturalmente paroquiana, a OSCE (Organização para a Segurança e Cooperação na Europa) que engloba 56 Estados num arco geográfico que vai de Vancouver a Vladivostok e as suas actividades são pouco conhecidas e comentadas entre nós. E nem o facto de o deputado português João Soares ser o presidente da Assembleia Parlamentar da OSCE (com 320 membros indicados por 55 parlamentos nacionais) resolve esta indiferença portuguesa que, no caso mas não por acaso, não beneficia do “efeito patriótico à Barroso”. (…) Em Vilnius, a Assembleia Parlamentar da OSCE aprovou um importante documento que passa à história como “Declaração de Vilnius”. Nele se abordam importantes posições, declarações e apelos sobre as grandes questões que as pessoas, as sociedades e as nações hoje enfrentam. (…) Segundo nos conta José Milhazes, num dos Estados membros não gostaram muito desta Declaração. Esperemos, agora, para ver como reagem os órfãos lusitanos de Estaline. Se eles mostrarem a cabeça em período eleitoral, é claro.
Esta é uma verdadeira manifestação de mesquinhez, sectarismo e ingratidão. Aprendam, enquanto é tempo, o significado profundo do desprezo pela tolerância e pelo diálogo.
Fernanda: penso que leu apressadamente o meu post. O meu curto texto nada tem a ver com quem dispara primeiro – polícias ou ladrões –, e muito menos com a apologia da violência policial injustificada. Tem a ver, isso sim, com a síndroma de uma certa «esquerda» que assenta em dois pressupostos: primeiro, as forças de segurança, nomeadamente PSP e GNR, em última análise, são um braço armado do Estado repressor que protege os «ricos» e reprime e mata os «pobres»; segundo, os «pobres» são sempre potenciais criminosos porque são marginalizados pelo Estado. E daqui, a desculpabilidade das suas acções. Nem um, nem outro dos pressupostos são verdadeiros. Mas, quando à luz destes pressupostos, numa situação como a que ocorreu no Domingo passado, num bairro da Amadora, a polícia dispara primeiro, cai o Carmo e a Trindade. Quando acontece o contrário, o «pessoal do costume» não tem uma palavra de solidariedade para com os polícias atingidos. E porquê? Porque não há que ter uma palavra com o «braço armado do Estado repressor». O meu texto só tinha este sentido.
A Fernanda pergunta-me: se o tomás ou alguém das suas relações um dia destes levar um tiro estúpido e injustificado da polícia vai achar bem e aplaudir? Penso que a pergunta só faz sentido se a Fernanda acha que eu ou alguém das minhas relações andamos no gamanço. Fora a ironia primária, isso é possível, mas é mais, muito mais provável eu levar um tiro estúpido e injustificado de alguém que me queira assaltar do que de um polícia. E, aqui, reside o busílis: nesta circunstância desejo que, antes do assaltante disparar, esteja um polícia por perto que, não tendo outro meio de o evitar, dispare primeiro sobre o assaltante do que este sobre mim. Percebe Fernanda?
Escrevi aqui, no dia em que o assunto foi levantado no Parlamento, sobre a Fundação para as Comunicações Móveis. Mas não faz sentido confundir Fundações com offshores. E, muito menos, exigir que uma Fundação instituída pela Sonaecom, Vodafone Portugal e TMN devia ser uma Direcção Geral. Brada aos céus!
Vai votar em António Costa?
Sim. Prefiro o António Costa ao Santana Lopes, embora o Santana Lopes me divirta muito mais. Mas ele só me diverte quando está fora do poder, no poder é um irresponsável.
Maria Filomena Mónica, entrevista ao i.
Parece que é intelectualmente chic dizer: já não posso com esta história do Cristiano Ronaldo. Eu, pela minha parte, não vi nada. Nem liguei a televisão. Li, porque quis ler, que 80 mil madrilenos foram ao Santiago Bernabéu ver o homem durante uns minutos. Alguns estiveram 10 horas à espera para entrar. Se foram lá todos porque quiseram ir, o que é que eu tenho a ver com isso?