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Foi ontem apresentado no Parlamento de Caracas um projecto de Lei dos Delitos Mediáticos, o qual permitirá ao Governo de Chávez prender (entre 6 meses a 4 anos) quem «atentar», na rádio, televisão, jornais ou blogues, contra a «estabilidade das instituições do Estado» e outras tretas do género, como a «paz social». Ou seja, dará rédea solta a Hugo Chávez para prender, com «cobertura legal», todos os jornalistas que lhe apetecer, os seus adversários políticos e todos os que criticarem o Governo. Por cá, o pessoal do costume – os que vêem em tudo ataques à liberdade de expressão, mantêm um significativo silêncio. Só dão conta dos atropelos democráticos nas Honduras.
Carlos Amaral Dias, no PNETcrónicas, também escreveu, ontem, sobre O general de todas as estrelas foi-se embora sem ter bebido um trago de Havana Club.
José Pacheco Pereira e o "Toninho" Xavier são as derradeiras pessoas com autoridade para falar em "caução" a propósito disto. Enquanto nós estivemos quatro horas com Sócrates, eles estão o ano inteiro com o "número dois" de Sócrates.
João Gonçalves (Portugal dos Pequeninos).
«Alberto Martins diz que PS respeitará deliberações do Tribunal Constitucional». Se não respeitasse era melhor passar à clandestinidade.
Em Olhão, o departamento de marketing do Olhanense, equipa recém-chegada à 1ª divisão, pôs hoje na comunicação social um plano bem urdido de promoção, a que deu o nome de «gripalhada». Em Alvalade, onde o departamento de marketing anda pouco activo, teve que ser Paulo Bento a fazer a publicidade: demonstrou, dentro do estádio, mesmo jogando contra 10, que com 3 milhões de euros de investimento não se chega a lado nenhum.
Pedro Correia, no Delito de Opinião, escreve sobre o general Arnaldo Ochoa, o herói da «revolução cubana», fuzilado há 20 anos, às mãos dos irmãos Castro, na sequência de um «julgamento» sumaríssimo, em que o «partido» designou os Juízes, o Acusador Público e a Defesa, a que foi atribuído um número: Causa 1/89. O texto tem como pano de fundo o meu romance O general de todas as estrelas foi-se embora sem ter bebido um trago de Havana Club.
Por sua conta e risco, para apresentar serviço, ou por sugestão de alguém, eventualmente (o que o próprio nega), Paulo Campos, secretário de Estado das Obras Públicas, amigo de Joana Amaral Dias, a bloquista saneada pelo grupo de Louçã por ter apoiado Mário Soares nas presidenciais, foram tomar uma café, no Jardim da Estrela, e ele, para fazer conversa, apesar da matreirice subjacente, enquanto deitava o açúcar na chávena, disse-lhe: «Joana, tu não queres fazer parte da lista de deputados por Coimbra pelo PS?». Ela, terá interrogado: «Por Coimbra, Paulo?». Ele, então, não hesitou na resposta: «Sabes, convidaram-me para o 3º lugar, mas eu não estou afim. Se eu apresentasse um nome bonito para me substituir, assim como o teu, até o secretário-geral me agradecia e eu podia bater a asa». Ela, também matreira, porque já tem muitos anos disto, viu a «insuficiência» do convite feito pelo amigo, sorveu o último gole de café e, já com um plano alternativo na cabeça, respondeu: «Paulo, desculpa mas eu não estou afim». Mal se tinham despedido, provavelmente à francesa, com três beijos (ou, quem sabe, à «jet set» luso, com um único roçar de face e um som de beijo a acompanhar) já a Joana estava colada ao telemóvel a discar o número mágico, como se lhe tivesse saído o euromilhões: «Está? Xico? É só para te dizer que não sou uma traidora. Fui convidada para a lista de deputados do PS e recusei, mostrando a minha indignação». O Xico nem quis ouvir mais nada. Desembolou, como qualquer puto quando lhe oferecem uma bicicleta. E disparou: José Sócrates usa o Estado para fazer tráfico de influências. Neste seu afã, nem se deu conta que era apenas a Joana que o estava a usar, a ele, o «grande líder» do PSR que engoliu a UDP e a Política XXI. Mas, o caricato desta «história» é que Louçã age sempre assim, às três pancadas, em tudo. Acusa como na Inquisição ou como Trotsky, em 1917: sem fundamento, nem provas. E fica muito feliz com isso. A Joana, apesar da diatribe, ao pé do Xico é uma santinha.
Quando não se sabe o que se quer é o que dá. Hoje foi o dia de defender os ricos… Amanhã não sabemos.
É «chato» esta coisa dos números. Estraga a «prosa» politiqueira a muita gente.
Correu por aí um boato de que era mais prudente entregar as nossas poupanças (os pouco que as possuem) a Manuela Ferreira Leite do que a José Sócrates. Os números, o rigor, dizem-nos que não é verdade: «O números não mentem: o crescimento da despesa foi de 0,48 por cento na altura dos governos de Durão Barroso e de Pedro Santana Lopes, seguindo-se os governos de Cavaco Silva com 0,32 por cento, de António Guterres com 0,31 por cento e de José Sócrates com apenas 0,14 por cento»
Quem será o intrigante Senhor Palomar?
Ainda é da natureza dos partidos viver mal com as opiniões livres e com uma verdadeira diversidade política que não se fique pelas meras contas de cabeças de cada capelinha. Nuns casos, oferecem lugares em troca da desistência, noutros, esperam sinais de fidelidade acrítica, a que chamam cultura de partido, para finalmente aceitarem como seus os que sempre o foram. Seja como for, trata-se de um suicídio. Um partido sem homens e mulheres livres é um partido sem futuro. Porque o compromisso da militância só o é a sério quando tem raízes firmes em convicções pessoais.
Daniel Oliveira (Arrastão).
Nesta altura do ano começam a aparecer, por aqui, muitos visitantes à procura de receitas para cozinhar conquilhas. Abri-las ao natural é a maneira mais fácil. Só precisa de uma frigideira, azeite, alhos esmagados e um ramo de coentros. Três pormenores: meta as conquilhas de molho durante uma hora para perderem a areia; deite as conquilhas na frigideira quando o azeite estiver bem quente, sem deixar queimar os alhos; tape a frigideira. Acompanhe com cerveja ou vinho branco, bem gelados. Se gosta mesmo de cozinhar experimente fazer conquilhas com xerém.
Realizou-se ontem, ao fim da tarde, o BlogConf – uma «conferência de imprensa» entre José Sócrates e 20 bloggers, onde participei em representação do SIMplex. Saliento, desde logo, 3 aspectos: primeiro, a iniciativa, com um dos principais candidatos a primeiro-ministro, é inédita entre nós e representa, para além da atenção aos «novos mundos», um exigente desafio à sua adversária mais directa, a líder do PSD; segundo, a pluralidade dos participantes (fiquei ladeado – e bem – por João Gonçalves (Portugal dos Pequeninos) e Rodrigo Moita de Deus (31 da Armada); terceiro, a disponibilidade e a entrega do secretário-geral do PS para responder, durante quase 4 horas, a todas as questões colocadas. Se Paulo Querido, o moderador, não tivesse terminado a sessão ainda teríamos ficado mais uma ou duas horas na segunda volta de perguntas-respostas. Antes de passar às questões concretas, à síntese das perguntas e respostas, que reservo para posts seguintes, sintetizo: José Sócrates mostrou convicção nas propostas que faz, uma linha de rumo coerente para o desenvolvimento e a modernização de Portugal e, sobretudo, uma percepção nítida, mesmo que apenas legível nas entrelinhas, do que não correu melhor na sua governação. Tudo isto, caldeado por um optimismo e uma crença indispensáveis para transpor as dificuldades que nos assolam. O que aqui fica, em síntese, e em genérico, documentarei em concreto amanhã.
Publicado no SIMplex.
José Sócrates disponibilizou-se para participar, amanhã, dia 27 de Julho, pelas 17.30, numa blogo-conferência aberta aos social media e à comunicação social que decorrerá em Lisboa com provável transmissão em directo via Sapo. (…) cada um dos participantes terá direito a uma pergunta ao secretário-geral do PS e primeiro-ministro. Não posso deixar - até porque serei dos mais insuspeitos bloggers participantes - de elogiar a iniciativa e, naturalmente, Sócrates já que, como escreveu o Paulo Querido no mail que me enviou, «é um dos principais candidatos a aceitar expor-se num ambiente não filtrado e com maus exemplos no passado, reconhecendo que esse ambiente merece a atenção.»
João Gonçalves (Portugal dos Pequeninos)