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||| Jornalismo às três pancadas.

por Tomás Vasques, em 30.04.09

Joaquim Agostinho, o melhor ciclista português de sempre, morreu a 10 de Maio de 1984, dez dias depois da queda que sofreu no final de uma etapa da Volta ao Algarve. Os jornais assinalam hoje o 25º aniversário da sua morte. É um lapso de quem nem sequer se dá ao trabalho de verificar os dados disponíveis na Internet.

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publicado às 23:39

||| A “branca” de Rangel.

por Tomás Vasques, em 30.04.09

Quando Paulo Rangel lembrou os passados políticos revolucionários e não democráticos de Augusto Santos Silva, Vital Moreira e Mário Lino, deu-lhe a “branca” e esqueceu-se de Durão Barroso, o Comissário Mor. Talvez Pacheco Pereira e Zita Seabra o repreendam pela injustiça amnésica.

 

João Tunes, Água Lisa

 

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publicado às 00:45

||| Notícias da Crise.

por Tomás Vasques, em 30.04.09

 

  1. A economia norte-americana recuou 6,1 por cento em termos anualizados no primeiro trimestre de 2009 penalizada pela maior queda das exportações nos últimos 40 anos.

 

  1. A economia da Alemanha deverá decrescer este ano seis por cento, uma estimativa hoje anunciada pelo Governo de Berlim que aumenta em mais de duas vezes a anterior projecção de 2,25 por cento;

 

  1. A economia irlandesa pode registar uma contracção de cerca de 14 por cento entre 2008 e 2010, um valor nunca alcançado desde a grande recessão dos anos 1930;

 

  1. A economia espanhola sofreu no primeiro trimestre do ano mais uma contracção do PIB, de 1,8 por cento face ao último trimestre de 2008. Se esta estimativa se confirmar, só se encontra contracção pior no segundo trimestre do 1960.

 

 

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publicado às 00:02

||| Abril. Arrepios. Jovens.

por Tomás Vasques, em 29.04.09

 

 

1. A Cristina, a Sofia e o Rui Perdigão, três das minhas leituras habituais, desafiaram-me a contar onde é que eu estava no dia 24 de Abril de 1974. Com atraso, e laivos neo-realistas, próprios da época, aqui vai: morava, então, na Mouraria e, todos os dias, às sete da matina, descia a pé até à Rua da Palma, onde apanhava um autocarro para Sacavém – para a Escola Prática de Serviço de Material, o quartel onde cumpria o serviço militar obrigatório. A minha memória do «antigamente» está muito presa aquela casa, na Mouraria. Um ano antes, nos primeiros dias de Abril de 1973, bateram-me à porta já depois da meia-noite. O «carteiro» foi breve e lacónico: - «o fulano tal falou na Pide, houve uma vaga de prisões, e eu vou partir agora para Paris. Ele não deve ter falado de ti e, por isso, tens de aguentar isto». Estas coisas eram assim: simples e directas. Fechei a porta e tomei, de imediato, a decisão que me pareceu mais racional: queimar todos os papéis manuscritos irremediavelmente comprometedores em caso de prisão, sobretudo actas de reuniões, relatórios de actividades e por aí fora. Munido de todos os papéis e de uma caixa de fósforos, instalei-me na casa de banho madrugada adentro. A operação era simples: enchia a sanita de papéis, pregava-lhe fogo e via-os arder até se desfazerem em cinza negra. Com muita mágoa pela informação derretida. Depois, puxava o autoclismo e repetia a operação, enquanto o estuque do tecto enegrecia aos poucos. Lá para as três da manhã, à quarta ou quinta queimada, a sanita estilhaçou-se em migalhas envoltas num estrondo que mais parecia uma bomba do que porcelana de Valadares. Aguardei, em tremedeira e batidas cardíacas descontroladas, que os vizinhos me batessem à porta, acompanhados da polícia, enquanto procurava, com ingenuidade, forjar uma «explicação» para o sucedido. Não aconteceu nada: os vizinhos – à portuguesa – não se deram ao incómodo de saber a razão de serem acordados com um estrondo daqueles às três da manhã. Foi pois, desta casa, que a 24 de Abril de 74, fiz o percurso habitual até Sacavém. Naqueles dias, circulavam «informações» de que o pessoal das Caldas iria reagir, mas nada que me convencesse. No dia 25 repeti e percurso e fiquei «aquartelado» até 30 de Abril, dia em que me «levaram» para Caxias guardar os «pides» que, entretanto, iam chegando à medida que iam sendo apanhados. Só voltei «à vida», só respirei os novos ares de Lisboa a 4 de Maio. Tão perto e tão longe dos acontecimentos.

 

2. O meu amigo Rui Perdigão, o José Simões e a Eugénia de Vasconcellos tiveram a amabilidade de atribuir ao Hoje há conquilhas o prémio Este blogue é tão bom que até arrepia, o que para mim significa que lêem o que por aqui se escrevinha com agrado. Retribuo na mesma medida porque, qualquer dos três, são leituras recomendáveis. Devo nomear outros blogues que aprecio e que leio com agrado. Podia nomear várias dezenas, de pendor mais político ou de pendor mais cultural, mas hoje fico-me pelo pendor mais local: A defesa de Faro, Avenida Central, Nabantia, Praça da República em Beja (o meu amigo João Espinho não se livra destas nomeações) e Casario do Ginjal.

 

3. A Adriana – a socrática que mais admiro – e o Ricardo & Companhia decidiram atribuir-me o prémio Jovens que pensam. Bom, como diz a Adriana, Pensar, penso, mas já não sou legalmente jovem! Lisonjeia-me a atribuição, a qual agradeço, mas preocupam-me os legalmente jovens que não pensam. E há por aí muitos, infelizmente.

 

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publicado às 22:57

||| Interrogatórios?

por Tomás Vasques, em 29.04.09

 

 

Há meia dúzia de meses, nas cercanias da escola secundária de Fafe, duas centenas de alunos receberam a Ministra da Educação com vaias e arremessando ovos contra a viatura oficial. É uma forma de protesto. Radical, mas uma forma de protesto admissível em democracia. Provavelmente, os alunos presentes foram incentivados pelos professores que se encontravam no auge da luta contra a Ministra, o que não é relevante do ponto de vista do protesto em si. O que não é admissível é a Inspecção-Geral de Educação proceder a interrogatórios aos alunos que participaram no protesto. Não conduzem a lado nenhum, mas diminuem os direitos, as liberdades e as garantias dos cidadãos. Não se trata de uma questão na esfera de competências da Inspecção–Geral de Educação.  Das duas, uma: ou o acto dos alunos, praticado fora da escola, é ilícito e, neste caso, entregue-se à polícia e ao Ministério Público o apuramento da ilicitude e das responsabilidades; ou não é, e prossiga a vida. Quem exerce cargos públicos, nomeadamente políticos, deve saber que a sua acção está permanentemente a ser questionada e contestada. São as regras da democracia.

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publicado às 14:11

||| O país do deixar andar.

por Tomás Vasques, em 29.04.09

Uns quantos Directores Gerais da Administração Pública cessaram as comissões de serviço, regressando aos seus lugares de origem, porque não cumpriram determinados procedimentos a que estavam obrigados no desempenho das suas funções. Estamos tão habituados ao desleixo e ao deixa andar que, em vez de merecer aplauso, a medida foi criticada. E para fundamentar a apologia do desleixo e do deixa andar, uns dizem que se trata de uma «prepotência»; outros, dizem que se trata de uma «lei errada que não deve ser cumprida». Pobre país.

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publicado às 13:26

|||Verdades populares.

por Tomás Vasques, em 28.04.09

Tantas vezes a cantarinha vai à fonte que alguma vez vai lá deixar a asa.

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publicado às 20:57

||| A Casa dos Budas Ditosos.

por Tomás Vasques, em 28.04.09

Interrompo o silêncio para um desabafo: a cadeia de supermercados Auchan baniu das suas prateleiras A Casa dos Budas Ditosos do João Ubaldo Ribeiro. (…) Os senhores do grupo Auchan talvez não saibam mas um bom orgasmo, secreto, inesperado, proibido, dá mais felicidade a uma mulher do que os trocos que poupa comprando iogurtes de marca branca ou fraldas por atacado.

 

Ana de Amsterdam.

 

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publicado às 20:09

|||Do lado negro da História.

por Tomás Vasques, em 28.04.09

Ora é esse homem, «herói» também de uma guerra suja, com acções nada abonatórias no registo individual, com sangue nas mãos que não apenas o do invasor castelhano – mas apontado como «exemplo para a sociedade actual» pelo frade carmelita «vice-postulador da causa da canonização» –, que a Igreja católica, apostólica e romana de Bento XV beatificou em 1918 e que Bento XVI vai agora transformar em santo. Tendo como fundamento mais imediato, dizem, a cura milagrosa num olho de uma sexagenária que deixara de ver por ter sido atingida «com salpicos de óleo a ferver enquanto cozinhava».

 

Rui Bebiano, A Terceira Noite.

 

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publicado às 13:44

||| Coisas do arco-da-velha.

por Tomás Vasques, em 27.04.09

Uma notícia do Jornal de Notícias, de hoje, dá conta que a PSP impõe detenções mínimas por esquadra. Isto não tem nada a ver com a segurança dos cidadãos mas, no mínimo, com uma visão burocrática das estatísticas; no máximo, com repressão e insegurança para os cidadãos. 

 

 

 

(Adenda: A Direcção Nacional da PSP já veio esclarecer quer tem por objectivo a diminuição da criminalidade com mais actividade operacional e não com números mínimos de detenções. Ninguém está livre de um chefe de esquadra mais «imaginativo» que se entusiasma com a leitura de um qualquer livro de «gestão por objectivos». É preciso metê-los na ordem.)

 

 

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publicado às 13:14

||| Referências

por Tomás Vasques, em 26.04.09

 

Uma «direita» que usa como referência Manuela Moura Guedes e Eduardo Cintra Torres está à beira do abismo.

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publicado às 14:48

||| O santo Condestável.

por Tomás Vasques, em 26.04.09

Somos um país de santos. Deus nos ajude.

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publicado às 10:28

||| A verdade anda à solta: está em todo o lado.

por Tomás Vasques, em 25.04.09

 

(O Jornal Nacional de Sexta-feira) é um espaço onde, por regra, se desrespeitam os códigos profissionais do jornalismo: há um desprezo sistemático pelo exercício do contraditório, há ‘notícias plantadas’ que são infâmias embrulhadas como factos provados. Aquele espaço, em muitas circunstâncias, faz mais lembrar ‘O Cabaret da Coxa’, tantos são os atropelos jornalísticos que nele se praticam, ao tentar impor um modelo sensacionalista, tendencioso e de mau gosto.

 

Emídio Rangel, Correio da Manhã.

 

 

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publicado às 20:04

||| Abril, águas mil.

por Tomás Vasques, em 25.04.09

 

Os nostálgicos de um «Abril» que esteve quase a acontecer voltam a descer a Avenida; estão à espera que apareça uma nesga por onde regresse o passado. No Parlamento, onde se reúne, neste dia, a fina-flor do «Abril» que aconteceu, os discursos saltaram de gavetas empoeiradas; estão delidos de tanto uso. Há no ar um cheiro a compasso de espera; a tempo de vésperas. Para uns, quem espera desespera; para outros, quem espera sempre alcança. A ver vamos.

 

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publicado às 13:29

||| Leituras.

por Tomás Vasques, em 24.04.09

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publicado às 20:36

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