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Nesta euforia sobre um texto irrelevante assinado por Mário Crespo, o que me deixa perplexo é a sintonia entre pessoas com visões do mundo tão diferentes e, aparentemente, tão opostas. Ou, afinal, não serão tão diferentes e tão opostas como aparentam?
Pedro Rolo Duarte, emotiva e racionalmente, sintetiza o sentir da maioria dos portugueses.
Que me perdoem as almas talentosas e lúcidas, mas – incapacidade minha? - não vejo nada de relevante no tão louvado, à esquerda e à direita, artigo de opinião de Mário Crespo. Não revela um único facto novo (a não ser dois telefonemas, mas estes não valem um texto de opinião). No fundo, a «arte» é a de retirar da enumeração de factos por demais batidos e debatidos, em televisões, jornais e blogues, duas ilações, qual delas a pior: a primeira, compara José Sócrates a Chaves, Mugabe, Castro, Eduardo dos Santos, Kabila, os quais agradecem o farto elogio (talvez à excepção de Fidel Castro que, mesmo adoentado, exclamará, cioso dos seus pergaminhos, desde os fuzilamentos de Havana, em 1960, até a feroz repressão do final dos anos 80: tonterias!); a segunda prende-se com a primeira: isto do pessoal votar é uma treta – é um fazer de conta – apenas redobra o elogio das ditaduras. E muita gente bate palmas em vez de se indignar. Que a extrema-esquerda aplauda o elogio a Fidel Castro, compreende-se. Mas os outros…. Aliás, Castro – só para citar um dos ditadores referenciados – já tinha dito o mesmo sobre o voto em eleições há 50 anos, não adianta Mário Crespo vir copiar agora o mesmo. E muito menos plagiar poetas mortos. Este vulgar artigo de opinião de Mário Crespo, coisa pobre em qualquer lado, só é alvo de tanto elogio porque, neste país, andam todos a fazer de conta…
Reinaldo Ferreira anda a escrever poemas a José Sócrates.
Validar um golo notoriamente marcado em fora-de-jogo é pior do que marcar um penalti inexistente. O penalti ainda carece de conversão em golo. É a isto que se chama repartir o mal pelas aldeias. Por isso, não levem estas coisas do futebol tão a peito.