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Abrir Karmakar, from my photo album IV, 2005, oil on canvas, 183 x 245 cm
De 11 a 16 de Fevereiro, em Madrid, realiza-se a 28º Feira Internacional de Arte Contemporânea. O país convidado é a Índia que participa através de 15 galerias de arte (na imagem a reprodução de uma obra de um artista de uma das galerias indianas). O resto será, como é habitual, uma mistura entre o déjà vu e a inovação criativa, com predominância do déjà vu. Mas vale sempre a pena. Depois, há o Museu Reina Sofia (atenção a Deimantas Narráveis), o Thyssen (atenção à exposição A sombra – um percurso de artistas e movimentos desde o Renascimento até finais do século XIX). E ainda há o CAFÉ JAZZ POPULARART. Faça-se à estrada e borrife-se naquela gente que pensa que a política é a única razão da existência.
A sátira política e social, na melhor tradição portuguesa, está nas «bancas»:
Hoje foi dia de debate no Parlamento. As políticas económicas e sociais eram, segundo leio nos jornais, o principal tema do debate. Uma excelente oportunidade para a Oposição questionar o governo sobre tais políticas, sobretudo neste difícil ano de 2009. Certamente haveria muito a debater, principalmente porque todos os dias chovem notícias preocupantes. Anteontem, meia dúzia de empresas anunciaram mais de 70 000 despedimentos de trabalhadores na Europa e nos Estados Unidos. Hoje, foi divulgado um relatório da Organização Internacional do Trabalho, onde se prevê que: «Quarenta milhões de pessoas podem engrossar este ano o número de desempregados no mundo». Também hoje o FMI divulgou um relatório onde diz que se «agrava queda das principais economias que são clientes de Portugal». Coisa pouca para interessar à Oposição. As consequências, entre nós, da deterioração da economia mundial não merecem grande atenção aos partidos que não estão no Governo. Se não é assim, assim parece. As duas primeiras notícia do Público sobre o debate de hoje, no Parlamento, sobre as políticas económicas e sociais foram: «PSD e CDS questionam credibilidade de estudo sobre 1º ciclo do ensino básico» (às 15h.31) e, a segunda, sobre «o licenciamento do Freeport». (às 18h.19). Se o que se passou no Parlamento corresponde aos destaques noticiosos do Público é caso para dizer: a Oposição demitiu-se completamente de apresentar aos portugueses políticas económicas e sociais alternativas às praticadas pelo Governo. Certamente porque não tem alternativa. E, assim sendo, a única coisa que podem fazer, a única coisa que está ao seu alcance, é transferir o «combate político» para o único terreno em que se movimentam com peixe na água: meter lama na ventoinha. Convenhamos que é pouco, muito pouco, para quem pretender governar Portugal.