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Jerónimo de Sousa, no seu discurso de encerramento do congresso, nos vivas finais, não se referiu à classe operária, mas aos trabalhadores e ao povo. Apesar de se compreender a nuance, destinada a não hostilizar os segmentos mais mobilizáveis pelo PCP – professores e funcionários públicos –, não deixa de ser uma cedência ideológica à pureza marxista-leninista do partido.
Realizou-se este fim-de-semana, em Lisboa, mais um congresso – o XVIII – do Partido Comunista Português, onde estiveram presentes 1 500 delegados. Discutiram. Elegeram os órgãos dirigentes. Definiram as políticas e as estratégias. A democracia é assim: a realização de congressos partidários é um acto político normal. Mesmo para os partidos que sonham e lutam por regimes em que os partidos políticos não têm existência e onde só se permite o congresso do partido que detém o poder. Esta é a superioridade moral da democracia.