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O G qualquer coisa – desta vez foram 20 «países industrializados» –, reunidos em Washington, «acordaram inverter a tendência de recessão global e prevenir futuras crises». Para tal, desdobraram-se em intenções de regulação, palavra que se multiplica ao longo do comunicado, mas no essencial, apenas mandaram os ministros das Finanças de cada um pensar sobre o assunto até 31 de Março de 2009.
Não escrevo mais uma palavra sobre Paulo Bento porque nunca o considerei um treinador de futebol, mas apenas um «espontâneo», ainda por cima barato. Estas linhas são apenas para elogiar o trabalho de José Mota, treinador do Leixões (não é por acaso que se ganha no Dragão e em Alvalade) e expressar o meu desejo, como sportinguista, que ele venha, a partir de Janeiro, para o Sporting, para pôr ordem naquele bando de inaptos. Dar-lhes fio de jogo e consistência.
- Camarada, os professores são avaliados na República Democrática Popular da Coreia?
- Claro que sim, camarada. Nós, os comunistas coreanos, damos uma elevada importância à Educação do nosso povo.
- Camarada, diz-me: são os professores que avaliam os professores?
- Que disparate, camarada. O Partido tem um comité em cada escola encarregado de avaliar quais os professores que são amigos do povo e quais os seus inimigos. Para nós, comunistas, o Ensino não está acima da luta de classes. Os professores que estão ao lado do Partido são avaliados positivamente. Os outros vão para os campos de reeducação pelo trabalho. Avaliações de professores pelos colegas são métodos burgueses que nós condenamos com firmeza.
- Camarada, nós, por cá, também condenamos com firmeza a avaliação de professores feita por professores. Como ainda não temos condições objectivas para a avaliação ser feita pelo comité do partido, vamos empalhando a situação.
Há dias, quando me deslocava de táxi, disse-me o taxista, depois de criticar o governo, a corrupção, os comunistas, os professores e o «preto americano»: «Eu nunca na minha vida andei de táxi».
«Eu tenho muitos amigos e sei qual é a tradição de dar graxa na entrevista. Depois, as pessoas juntam-se nas festas e lambem o cu umas às outras. Eu nunca fui a festas. Sempre fui um isolado.»
Miguel Esteves Cardoso, entrevista à Ler.