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«O silêncio é de ouro; a palavra é de prata».
«Quem muito fala pouco acerta».
«Venha o diabo e escolha».
A propósito da sugestão de Vítor Constâncio sobre a introdução da energia nuclear em Portugal, José Manuel Fernandes, no editorial do Público, de hoje, suscita – e bem – a questão vital da energia (e da necessidade de quantidades crescentes para assegurar o nível de vida a que os cidadãos aspiram), e consequentemente, a solução nuclear. Mais cedo ou mais tarde, este debate tem de ser feito. Mais cedo ou mais tarde, a opção pela energia nuclear tem de ser feita, a par do desenvolvimento de todas as outras fontes de energia renováveis. E quanto mais cedo, melhor. O nosso empobrecimento ou não vai, inevitavelmente, passar pelas opções enérgicas alternativas aos combustíveis fósseis. Já há décadas que se fala na necessidade de «diversificar a matriz energética» mas, como é nosso timbre, avessos a ver mais de um palmo à frente do nariz, perdidos na espuma dos dias, continuamos a meter a cabeça debaixo da areia até ao limite. Esgotámo-nos com os Descobrimentos. Daí para cá, nunca mais inventámos a realidade. Ficamos atarefadamente de braços cruzados à espera que a realidade nos invente.