Saltar para: Posts [1], Pesquisa e Arquivos [2]
Uma corja de idiotas, com dívidas que nunca mais acabam, contraídas para férias, carros e outros deboches, buzinam freneticamente pela cidade, envergando cachecóis e exibindo bandeiras nacionais a propósito da vitória de Portugal numa merda qualquer em que estão onze gajos em cada lado aos pontapés num balão. E o Sócrates a rir-se que nem um perdido.
A apresentação mundial de uma marca de automóveis ou do que quer que seja em Lisboa é bom para a cidade e para o país. A escolha da Praça das Flores para um evento desse tipo é má, sobretudo pelas características da praça, nomeadamente por ser o centro de um bairro habitacional. Mas, o que me leva a insistir neste assunto, para além dos muitos e-mails recebidos, é o facto do Bloco de Esquerda, através de Sá Fernandes, defender (uns abertamente, outros envergonhados) a ocupação da Praça das Flores contra os interesse mais elementar dos moradores, tal com o direito de circulação entre a casa e um supermercado. Caso esta autorização não tivesse passado pelo BE, os que hoje se encolhem estavam a crucificar meio mundo. É esta a natureza do BE. O que quero realçar com esta questão é que o BE é só «garganta» oposicionista, populismo, comportamentos inquisitórios quando trabalha para ganhar o poder, mas, uma vez aí chegado, age comos os «outros»: os «corruptos», os «vendidos» e por aí fora. O BE faz-me lembrar o PRD: se alguma vez alcançarem o poder esvaem-se como o partido do general Eanes, porque a substância ideológica é a mesma. Este caso da Praça das Flores é só um exemplo que deve ser sublinhado.
(Fotos da autoria de João Amaro Correia, morador da zona e autor do blogue Khiasma).
(Ilustração de Pedro Vieira, no 5 dias)
E-mail de um munícipe:
«Acabo de ler o seu post sobre o que se está a passar na Praça das Flores, que é a minha aldeia.
Uma vergonha! Estou indignado e revoltado.
Uma providência cautelar, infelizmente, já não vai a tempo.
Ontem à noite, houve barulho até às tantas. Ainda se fosse música que não impedisse a leitura... Mas não. É um batuque insuportável, que faz estremecer as paredes.
Vamos lá ver como será esta noite.
Tanto quanto sei, a coisa está a funcionar com total desprezo das exigências legais mínimas em situações semelhantes.
Parece impossível que a Câmara Municipal e a Junta de Freguesia se encontrem envolvidas em tal desaforo.
Estamos bem servidos, não haja dúvida.»
Na mesma semana em que o deputado socialista Manuel Alegre animou uma festa-comício do Bloco de Esquerda, no Teatro da Trindade, o Expresso dá conta da participação de Sá Fernandes, vereador eleito pelo Bloco de Esquerda, em Lisboa, numa reunião da Concelhia do PS, no Largo do Rato, convocada por Miguel Coelho. A distância entre o Teatro da Trindade e o Largo do Rato é mais difícil de percorrer porque é sempre a subir; do Largo do Rato até à Trindade é mais fácil porque é sempre a descer.