Saltar para: Posts [1], Pesquisa e Arquivos [2]
«Tens tendência para cometer sempre o mesmo erro.»
(Hugo Pratt, Corto Maltese – sob o signo do Capricórnio, vol 2, pág. 39)
Cerca de 400 obras de Picasso, escolhidas entre as 5 000 que constituem o espólio do Museu Picasso de Paris, estiveram em exposição, desde Fevereiro, no Centro de Arte Reina Sofía, em Madrid. A exposição transitou directamente do Reina Sofía para os Emirates Palace de Abu Dabi, nos Emiratos Árabes Unidos. Três milhões e meio de euros são quanto o Museu Picasso de Paris cobra para ceder as obras do pintor espanhol.
Manuel Alegre continua a pensar que ele, o BE, o PCP, o Graal e a Renovação Comunista, todos unidos, têm uma solução para resolver as causas da pobreza em Portugal. Certamente não vão apresentar a receita, explicar como se faz, mas vão dar voz ao pensamento, gritar bem alto que estão preocupados com o assunto. É no dia 3 de Junho, num comício, em Lisboa. A minha mãe se fosse viva, diria: que Deus nos ajude!
Em Maio há muitos Maios, como em Abril há águas mil. Em Maio há o primeiro de Maio, em Chicago, como há todo o Maio nas ruas de Paris. Mas de Braga, em Maio, a memória só retém uma história: O Libertino passeia por Braga, a Idolátrica, o seu esplendor.
«Vai contar as tuas balelas aos velhos do asilo»
(Hugo Pratt, Corto Maltese – As Célticas, vol 2, pág. 65)
Com atraso, o meu agradecimento a Viriato Teles pela referência, no Actual do seu site, à mudança para o Sapo. Como diz o Viriato «partilhamos alguns amigos, boas conversas, várias batalhas e a mesma paixão por Cuba e pela sua gente». Sempre.
A convite do Pedro Correia dei conta, no Corta-fitas, a propósito do blogue Generación Y, do meu cepticismo em relação à «abertura» do regime castrista. Acrescento uma nota de rodapé: se o meu pessimismo se revelar injustificado, a história contará, um dia, como a primeira ditadura caiu a partir da blogosfera.
«É impossível que esteja a correr tudo tão bem... Tenho um mau pressentimento»
(Hugo Pratt, Corto Maltese - A balada do mar salgado, vol 1, pág. 46)
Muito se disse e escreveu, há dois meses, sobre uma aluna da Escola Carolina Micaelis por causa de um telemóvel. Mas, o caso não é paradigmático, mas comum por essa Europa fora. Por isso, realço a atribuição da Palma de Ouro do Festival de Cannes (a primeira para um filme francês nos últimos 20 anos) ao filme Entre les murs, de Laurent Cantet. O filme retrata as dificuldades do quotidiano de uma escola nos arredores de Paris a partir do romance autobiográfico de Francois Begaudeau. Telemóveis há muitos…
Depois da governação de Durão Barroso e de Santana Lopes, o PSD entrou em estado de coma. Marques Mendes fez todos os esforços para conseguir que o partido arrebitasse os dedos dos pés, mas veio Carmona Rodrigues e injectou-lhe uma anestesia geral. Pelo seu lado, Paulo Portas está desacreditado e sem rumo, mas o seu narcisismo só lhe permite pensar em sound bites. Esta situação vivida pelos dois partidos de oposição à direita causa estragos ao PS. Ou seja, com os partidos da direita a vegetarem, o PS recebe os «louros» de governar à direita. Agora, mal os candidatos à presidência do PSD se esforçaram por apresentar ideias «programáticas», veio logo o «camarada» Louçã dizer: candidatos à liderança do PSD querem destruir o SNS. Ao lado das propostas do PSD para a Saúde, as medidas do governo são compreendidas de outra maneira. Com uma direita que saiba o que quer, o PS pode passar pelos intervalos da chuva. Com uma direita desfeita, PCP e BE ganham um espaço de descontentamento que não lhes pertence. É, pois, necessário fazer funcionar a liturgia política.
(Imagem: Rui Perdigão, acrílico sobre tela)
João Pinto e Castro (Blogo Existo)
Esta semana, jornais e televisões debruçaram-se sobre a pobreza em Portugal. Mas a coisa saiu frouxa. À falta de melhor, os jornais fizeram uso de dois estudos, um, elaborado pela Comissão Europeia sobre a situação social na União Europeia no ano de 2004; o outro, dirigido por Bruto da Costa, analisa a pobreza em Portugal no período compreendido entre 1995 e 2000. O tratamento não é sério. Serve apenas para marcar a agenda política do jornalismo. As televisões, por seu lado, tratam editorialmente o tema da pobreza com o mesmo «rigor» e a mesma «eloquência» com que nos dão o menu da selecção nacional de futebol. O tratamento também não é sério. Serve apenas o show off permanente das televisões, onde já é difícil distinguir informação de entretenimento. De resto, temos a selecção nacional em estágio, em Viseu, onde permanecem dezenas de jornalistas à espera que Cristiano Ronaldo vá à casa de banho e, ainda, as mornas «directas» no PSD. Talvez esta bonança seja o pronuncio de tempestades…
«Pormenores: Na reportagem que passa neste momento no Jornal da TVI, sobre o fosso entre ricos e pobres em Portugal, a pobre n.º 1 tem umas sandálias Fly que custam quase cem euros e a pobre n.º 2 tem umas unhas de gel pintadas à mão que não ficam por menos de setenta. Queixam-se ambas de que por vezes não têm que comer.»
Vieira do Mar (Controversa maresia).
Mais um livro «infantil» de João Paulo Cotrim, agora, com ilustração de Pedro Burgos: A máquina de fazer asneiras. (Editora Calendário, 2008)
Os comunistas portugueses ainda não exigiram a proibição, nos cinemas portugueses, do filme de Steven Spielberg «Indiana Jones e o Reino da Caveira de Cristal». A coisa é séria: o filme deturpa a política externa soviética da URSS nos anos 50 do séc. XX.