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||| Resumos.

por Tomás Vasques, em 25.02.08
Adriana Freire Nogueira (A senhora Sócrates) - uma classicista - brinda-nos com «resumos» de obras literárias. De antologia. Seguem dois exemplos:

Gustave Flaubert, Madame Bovary, (378 páginas).
Resumo: Uma dona de casa engana o marido com o padeiro, o leiteiro, o carteiro, o homem do talho, o merceeiro, e um vizinho cheio de massa. Envenena-se e morre.
Luís de Camões, Os Lusíadas (várias edições), versão de João de Barros.
Resumo: Um poeta com insónias decide chatear o rei e contar-lhe uma história de marinheiros que, depois de alguns problemas (logo resolvidos por uma deusa porreiraça), têm o justo prémio numa ilha cheia de gajas boas.

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publicado às 16:19

||| Choque tecnológico.

por Tomás Vasques, em 25.02.08
O que está a dar, de momento, são as manifestações espontâneas, convocadas por sms. Pelos vistos, o descontentamento saiu do colete-de-forças dos velhos sindicatos. O PCP está a perder o controlo da situação. Aguardam-se novos desenvolvimentos.

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publicado às 14:59

||| Frases soltas.

por Tomás Vasques, em 25.02.08
«Peço que esta Assembleia, como órgão supremo do Estado, sobre as decisões de maior importância para o futuro da nação, sobretudo as ligadas à defesa, política estrangeira e desenvolvimento económico do país me permita consultar Fidel Castro».
Raul Castro, ontem, na «tomada de posse».

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publicado às 08:41

||| Por cá, a «lucidez» está ao rubro.

por Tomás Vasques, em 24.02.08
Numa destas madrugadas, choveu desalmadamente. Dizem que numa hora a precipitação foi superior à do mês de Fevereiro em Paris. As chuvas provocaram algumas inundações e, infelizmente, 3 pessoas perderam a vida, para além de dezenas de desalojados. Sabem de quem é a culpa? Do engenheiro Sócrates! A CIA, há 5 ou 6 anos, transportou prisioneiros para a base cubana de Guantánamo. Dizem que alguns voos fizeram escala em Portugal. Sabem de quem é a culpa? Do engenheiro Sócrates! Portugal é um dos oito países europeus com maior nível de pobreza infantil. Sabem de quem é a culpa? Do engenheiro Sócrates! Há em Portugal «um mal estar difuso», dizem alguns. Sabem de quem é a culpa? Do engenheiro Sócrates! Esta «lucidez» na observação da realidade - que, pela irracionalidade, só beneficia o engenheiro Sócrates - faz lembrar aqueles tempos dos processos de Moscovo: todos os fuzilados eram «agentes dos imperialismo». Ou, hoje, todos os males do povo cubanos são devidos ao «embargo». Normalmente, quando os desejos não correspondem à realidade, esta prega partidas…
(Adenda: dispenso-me, por razões de decoro, fazer links para cada uma desta «lúcidas» análises).

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publicado às 22:54

||| Frases soltas.

por Tomás Vasques, em 24.02.08
«Não há dupla liderança porque Luís Filipe Menezes é um líder forte».
Santana Lopes, em entrevista à TSF.

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publicado às 22:33

||| Treinador de sofá.

por Tomás Vasques, em 24.02.08
O Sporting sofre de insuficiência renal crónica. Dificilmente vai escapar ao transplante.

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publicado às 21:11

||| Cuba – por agora nada de novo.

por Tomás Vasques, em 24.02.08

A comunicação social europeia anda muita ocupada com as «mudanças» políticas em Cuba. Ainda não dei por nada. Fidel Castro continua a desempenhar o mesmo papel de sempre, mesmo debilitado pela doença, coadjuvado pelo seu irmão, Raul Castro. Nada mudou, nem hoje, nem no começo de Agosto 2006, quando o velho ditador das Caraíbas «deu» ao irmão, como dote, a «gestão» do regime. E nada se vai passar até à morte do comandante em chefe. Daí para a frente, sim. Com a morte de Fidel vão acontecer, gradualmente, duas coisas: os opositores da ditadura vão ensaiar uma resistência maior, por um lado; dentro do regime, vai começar a luta para a sucessão de Raul Castro, a quem poucos reconhecem capacidades de liderança, por outro. Apertado por todos os lados, o «jovem» Castro vai aumentar a repressão sobre a oposição e iniciar o processo de «liquidação dos traidores» internos. Quando este processo se iniciar, a queda da ditadura castrista estará por meses, um ano ou dois no máximo. Por agora, nada de novo.
(Imagem de Pedro Vieira)

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publicado às 20:50

||| Ilustração.

por Tomás Vasques, em 24.02.08
José Bandeira, Cravo & Ferradura, DN, 17.1.2008

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publicado às 11:12

||| Manifestações.

por Tomás Vasques, em 24.02.08

Há uma diferença substancial entre as manifestações de professores realizadas ontem, no Porto e em Leiria, convocadas por meios informais - sms, e-mail ou blogues - e a manifestação de há uma semana à porta da sede nacional do PS. Ontem, protestaram contra a proposta de avaliação que o governo lhes quer fazer. Há uma semana procuraram perturbar o direito de reunião de um partido político. Ontem exerceram um direito. Há uma semana procuraram impedir o exercício de um direito. As manifestações de ontem procuraram corrigir a anterior. Nestas manifestações, o caricato é que são ilegais à luz de um decreto-lei assinado por Vasco Gonçalves, ou seja, num tempo em que se queria ilegalizar as manifestações contra o governo e em que não haviam sms, email e blogues. Tanta conversa que por aí vai, mas ninguém no Parlamento, em tantos anos, atirou o dito decreto-lei para o lixo. Devem estar à espera de condenações de manifestantes em pena de prisão (os Tribunais aplicam as leis em vigor) para poderem gritar que a democracia se está a esvair.

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publicado às 10:01

||| Ler os outros.

por Tomás Vasques, em 23.02.08



Eduardo Pitta, sobre um suposto «surto neo-socialista» na bloga, pergunta: «Ou queremos uma democracia representativa (e os blogues são hoje um dos seus reflexos mais sensíveis), ou queremos outra coisa. Talvez fosse bom explicar o quê.».


Alexandre Guerra, sobre o Kosovo, cita Miguel Ángel Bastenier: «É provavelmente justo que os albano-kosovares tenham ganho a independência. Mas, isso não significa que seja uma grande ideia.» para acrescentar: «A questão é que as relações internacionais não devem ser conduzidas por impulsos altruístas ou acções de pendor justicialista, mas, antes, por "grandes ideias", que permitam alcançar um equilíbrio sistémico.»

Pedro Correia, também sobre o Kosovo, escreve: «Portugal recusa para já qualquer reconhecimento por uma questão de princípio. O que só nos honra.


Eduardo Graça, sempre empenhado nas «causas justas», faz uma convocatória: «No dia 29 de Fevereiro de 2008 das 19:55 às 20:00 horas propõe-se apagar todas as luzes e se possível todos os aparelhos eléctricos, para o nosso planeta poder 'respirar'. Se a resposta for massiva, a poupança energética pode ser brutal. Só 5 minutos, para ver o que acontece. Sim, estaremos 5 minutos às escuras, podemos acender uma vela e simplesmente ficar a olhar para ela, estaremos a respirar nós e o planeta. Lembrem-se que a união faz a força e a Internet pode ter muito poder e podemos mesmo fazer algo em grande

João Tunes, a propósito do recente congresso da CGTP, escreve acertadamente: «Porque, na colagem da CGTP ao PCP, os trabalhadores são pretexto e o Partido é a meta para que trabalha a "alavanca", mandando quem manda e obedecendo quem foi ensinado a obedecer
Ana de Amesterdão, sobre a senilidade de certa «esquerda», escreve: «Esta esquerda, bacoca e senil, sente hoje uma mágoa, um aperto no peito, um não-sei-quê de sincera ternura, perante a anunciada retirada de Fidel Castro da chefia do Estado e das Forças Armadas de Cuba. E continua a gritar “Socialismo ou morte! Hasta siempre comandante!" É estranho. E profundamente triste

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publicado às 22:06

O ponto G

por Tomás Vasques, em 23.02.08

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publicado às 19:27

||| Mal estar difuso.

por Tomás Vasques, em 23.02.08

||| Agenda Cultural [10].

por Tomás Vasques, em 23.02.08
Concerto do Coro Feminino da Televisão da Estónia, Reitoria da Universidade de Lisboa, 29 de Fevereiro, às 19 Horas.


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publicado às 12:25

||| Reflexões ou trivialidades? [2]

por Tomás Vasques, em 23.02.08
A «reflexão» da SEDES serve de tema à crónica de hoje de Vasco Pulido Valente, onde remata à laia de conclusão: «O destino de Portugal é, como sempre foi, apodrecer ao sol.» Só com uma frase vazia se podia tirar uma conclusão adequada ao documento. Vasco Pulido Valente apanhou bem a letra e o espírito da «reflexão» da SEDES.

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publicado às 09:19

||| A entrevista [2]

por Tomás Vasques, em 23.02.08
«Propaganda, dizem as críticas. Mas esperar-se-ia que um chefe de Governo fosse à televisão fazer o trabalho das oposições? E aqueles génios do comentário político que, por sinal, vêm dos partidos mas se arrogam mais independência e autoridade do que todos os outros, quererão que os jornalistas tenham o condão de obrigar Sócrates a dizer o que não pensa e o contrário do que lhe convém?

Houve quem se tivesse voltado para os aspectos pessoais e anímicos, dizendo de Sócrates que é um homem seco e sem alma, de índole tecnocrática e incapaz de estabelecer empatia com as pessoas. Mais ou menos o mesmo que certa “inteligência” dizia de Cavaco nos anos 90. Pois a desgraça da direita e a frustração da velha esquerda em relação a Sócrates resultam precisamente desse equívoco antigo e irresolúvel: esperavam uma espécie de Guterres e saiu-lhes, com as suas diferenças e sem ofensa para qualquer deles, uma espécie de Cavaco. Por isso lhes custa, como lhes custava com Cavaco, compreender porque é que, apesar de tantos defeitos, de tanta contestação e de tantas dificuldades, o primeiro-ministro manter ainda os índices de popularidade que mantém
Uma espécie de Cavaco, Fernando Madrinha, Expresso, 23.02.09. (Sublinhados meus)

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publicado às 09:01




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