Adriana Freire Nogueira (A senhora Sócrates) - uma classicista - brinda-nos com «resumos» de obras literárias. De antologia. Seguem dois exemplos:
Gustave Flaubert, Madame Bovary, (378 páginas).
Resumo: Uma dona de casa engana o marido com o padeiro, o leiteiro, o carteiro, o homem do talho, o merceeiro, e um vizinho cheio de massa. Envenena-se e morre.
Luís de Camões, Os Lusíadas (várias edições), versão de João de Barros.
Resumo: Um poeta com insónias decide chatear o rei e contar-lhe uma história de marinheiros que, depois de alguns problemas (logo resolvidos por uma deusa porreiraça), têm o justo prémio numa ilha cheia de gajas boas.
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O que está a dar, de momento, são as manifestações espontâneas, convocadas por sms. Pelos vistos, o descontentamento saiu do colete-de-forças dos velhos sindicatos. O PCP está a perder o controlo da situação. Aguardam-se novos desenvolvimentos.
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«
Peço que esta Assembleia, como órgão supremo do Estado, sobre as decisões de maior importância para o futuro da nação, sobretudo as ligadas à defesa, política estrangeira e desenvolvimento económico do país me permita consultar Fidel Castro».
Raul Castro, ontem, na «tomada de posse».
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Numa destas madrugadas, choveu desalmadamente. Dizem que numa hora a precipitação foi superior à do mês de Fevereiro em Paris. As chuvas provocaram algumas inundações e, infelizmente, 3 pessoas perderam a vida, para além de dezenas de desalojados. Sabem de quem é a culpa? Do engenheiro Sócrates! A CIA, há 5 ou 6 anos, transportou prisioneiros para a base cubana de Guantánamo. Dizem que alguns voos fizeram escala em Portugal. Sabem de quem é a culpa? Do engenheiro Sócrates! Portugal é um dos oito países europeus com maior nível de pobreza infantil. Sabem de quem é a culpa? Do engenheiro Sócrates! Há em Portugal «um mal estar difuso», dizem alguns. Sabem de quem é a culpa? Do engenheiro Sócrates! Esta «lucidez» na observação da realidade - que, pela irracionalidade, só beneficia o engenheiro Sócrates - faz lembrar aqueles tempos dos processos de Moscovo: todos os fuzilados eram «agentes dos imperialismo». Ou, hoje, todos os males do povo cubanos são devidos ao «embargo». Normalmente, quando os desejos não correspondem à realidade, esta prega partidas…
(Adenda: dispenso-me, por razões de decoro, fazer
links para cada uma desta «lúcidas» análises).
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«
Não há dupla liderança porque Luís Filipe Menezes é um líder forte».
Santana Lopes, em entrevista à TSF.
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O
Sporting sofre de insuficiência renal crónica. Dificilmente vai escapar ao transplante.
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Há uma diferença substancial entre as manifestações de professores realizadas ontem, no Porto e em Leiria, convocadas por meios informais - sms, e-mail ou blogues - e a manifestação de há uma semana à porta da sede nacional do PS. Ontem, protestaram contra a proposta de avaliação que o governo lhes quer fazer. Há uma semana procuraram perturbar o direito de reunião de um partido político. Ontem exerceram um direito. Há uma semana procuraram impedir o exercício de um direito. As manifestações de ontem procuraram corrigir a anterior. Nestas manifestações, o caricato é que são ilegais à luz de um decreto-lei assinado por Vasco Gonçalves, ou seja, num tempo em que se queria ilegalizar as manifestações contra o governo e em que não haviam sms, email e blogues. Tanta conversa que por aí vai, mas ninguém no Parlamento, em tantos anos, atirou o dito decreto-lei para o lixo. Devem estar à espera de condenações de manifestantes em pena de prisão (os Tribunais aplicam as leis em vigor) para poderem gritar que a democracia se está a esvair.
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Concerto do Coro Feminino da Televisão da Estónia, Reitoria da Universidade de Lisboa, 29 de Fevereiro, às 19 Horas.
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A «reflexão» da SEDES serve de tema à crónica de hoje de Vasco Pulido Valente, onde remata à laia de conclusão: «O destino de Portugal é, como sempre foi, apodrecer ao sol.» Só com uma frase vazia se podia tirar uma conclusão adequada ao documento. Vasco Pulido Valente apanhou bem a letra e o espírito da «reflexão» da SEDES.
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Propaganda, dizem as críticas. Mas esperar-se-ia que um chefe de Governo fosse à televisão fazer o trabalho das oposições? E aqueles génios do comentário político que, por sinal, vêm dos partidos mas se arrogam mais independência e autoridade do que todos os outros, quererão que os jornalistas tenham o condão de obrigar Sócrates a dizer o que não pensa e o contrário do que lhe convém? Houve quem se tivesse voltado para os aspectos pessoais e anímicos, dizendo de Sócrates que é um homem seco e sem alma, de índole tecnocrática e incapaz de estabelecer empatia com as pessoas. Mais ou menos o mesmo que certa “inteligência” dizia de Cavaco nos anos 90. Pois a desgraça da direita e a frustração da velha esquerda em relação a Sócrates resultam precisamente desse equívoco antigo e irresolúvel: esperavam uma espécie de Guterres e saiu-lhes, com as suas diferenças e sem ofensa para qualquer deles, uma espécie de Cavaco. Por isso lhes custa, como lhes custava com Cavaco, compreender porque é que, apesar de tantos defeitos, de tanta contestação e de tantas dificuldades, o primeiro-ministro manter ainda os índices de popularidade que mantém.»
Uma espécie de Cavaco,
Fernando Madrinha, Expresso, 23.02.09. (Sublinhados meus)
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