Rui Bebiano valoriza uma reunião interna do PS, independentemente de ser convocada como o pomposo nome de
Novas Fronteiras (não confundir
Estados Gerais) como se de um acontecimento político nacional transcendente se tratasse. Militantes socialistas reuniram-se para transmitirem o seu apoio às políticas do Governo. Ponto. Apareceram meia dúzia de não-filiados. Ponto. Circuito fechado? Claramente que sim. Onde está o Wally?
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Vai para aí uma ladainha a propósito de um texto de
Eduardo Pitta sobre blogues, liberdade de expressão e trabalhadores por conta de outrem. À controvérsia,
João Gonçalves e
Luís Naves já acrescentaram opinião. É uma interessante discussão. No entanto, o tema tem antecedentes, apesar de, na altura, não ter suscitado polémica. Foi quando
alguém, na bloga, censurou o facto de «assessores do governo» (trabalhadores por conta de outrem) escreverem num blogue. A questão que se coloca é, em rigor, a mesma, já que não consta em nenhum dos manuais que consultei que a liberdade de expressão é um estatuto apenas conferido à irreverência ou à oposição (exercícios simpáticos em democracia). Se um professor universitário não deve ser censurado por escrever num blogue o que lhe vai na alma, porque razão um «assessor do governo» é censurado pelo facto de exercer o mesmo direito? Só porque a sua irreverência não é, no contexto actual, irreverente ou oposicionista? Os aprendizes de feiticeiro não se podem esquecer que o mundo é a cores. Não é a preto e branco.
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Há coisas para as quais ainda não estou preparado. Provavelmente, o mal está na falta de leitura. Ando a ler pouco ultimamente, o que deve diminuir a minha capacidade de entendimento. Passo a explicar as minhas perplexidades. Tenho alguns amigos de direita ou de centro direita, para o caso tanto faz. O que é natural. E o que é para mim um «amigo de direita»? Primeiro é um amigo, o que é mais importante que ser de direita ou de esquerda. Depois, é um amigo que, nos últimos vinte anos, sem hesitações, votou sempre no PSD (nas legislativas, nas autárquicas ou nas presidenciais) ou que, sem desfalecimento, nem mal estar difuso, defendeu com unhas e dentes, a maioria absoluta de Cavaco Silva durante 8 anos (mesmo quando Cavaco dizia que não lia jornais ou pedia que o deixassem trabalhar). Ora, acontece que estes meus amigos, pelo menos os que contactei nos últimos dias, dizem-me que vão estar presentes nas manifestações de Março. Perguntei, incrédulo: - mesmo à do PCP? A essa não, é muito partidária. – Responderam-me. – Só vamos às outras, à dos professores e à da Função Pública. Eles – os meus amigos – que, ainda há pouco tempo, me diziam que os sindicatos eram apenas uma «correia de transmissão» do PCP. Só posso tirar uma conclusão: estes meus amigos estão órfãos. E o transtorno «psicológico» é tão grave que uns se viram para Salazar, outros para a «revolução». A direita já não é o que era. Perdeu a identidade.
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Os militantes do PCP que, sábado à tarde, integrarão a Marcha pela Liberdade, em Lisboa, deviam lembrar-se de Ingrid Betancourt. Há 6 anos presa. Sequestrada. Sem acusação, nem julgamento. Muito doente, segundo os últimos testemunhos. Ninguém defende a liberdade quando é cúmplice de sequestros e prisões desta natureza.
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Helena Justino, O prazer da Arte, GalleryCenter, no Shopping Comercial Amoreiras. A exposição, está aberta ao público das 10 às 23 horas, até ao próximo dia 17 de Março.
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Com o devido respeito pelas
investigações do Ministério Público, penso que um apito, mesmo dourado, soprado por uma Carolina Salgado, é coisa que não vai apitar.
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Constança Cunha e Sá, depois de nos ameaçar com uma «revolução como deve ser, a breve prazo» termina o seu texto de opinião de hoje, no Público, com a frase: «… o país se encontra, de facto, numa situação sem saída.» Aliás, esta conclusão fatídica está em sintonia com a conclusão de Vasco Pulido Valente, expressa a semana passada, segundo a qual: «O destino de Portugal é, como sempre foi, apodrecer ao sol.» Ora, mesmo dando de barato «o optimismo balofo do primeiro-ministro» ou a «mediocridade reinante» a que alude Constança Cunha e Sá, há no discurso de ambos uma frustração política a «apodrecer ao sol»: não vislumbram, no imediato, alternativa credível ao actual governo. Nem à direita, em Filipe Menezes/Santana Lopes e Paulo Portas; nem à «esquerda», em Jerónimo de Sousa e Francisco Louça. E isso é uma ideia insuportável para a direita. Assim sendo, sem tubo de escape, o «mal estar difuso» vai explodir, como explicou o general Garcia Leandro e a SEDES, avisa Constança Cunha e Sá, como nos tem avisado o PCP. A «democracia burguesa» está por um fio. A revolução entrou, pois, na ordem do dia. E se Constança Cunha e Sá nos avisa é porque sabe do que fala. Se ao menos «isto» durasse até às próximas eleições legislativas para vermos os resultados já não era mau.
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O
Francisco está atento a todas os movimentos militares dos países do ex-Pacto de Varsóvia.
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A pequena história de uma grande ministra, Manuel Carvalho, editorial do Público, 27.02.08. (Transcrição parcial. Sublinhados meus)
«
A ministra da Educação caminha a passos largos para a conquista do estatuto da mulher certa na plateia errada. No último Prós e Contras
, da RTP 1, era impossível não concordar com a justeza da maioria dos seus argumentos e de não lhe reconhecer coragem pelo empenho com que defendia reformas que, em alguns casos, vegetam há décadas no limbo do conservadorismo e da indecisão. Mas era também impossível não reparar que o seu discurso esbarra num muro intransponível, feito de rejeição, hostilidade e ressentimento que impedem qualquer esboço de diálogo. (...)O que o programa de anteontem da RTP revelou com contornos negros é o drama de algúem que, no essencial, tem razão, mas que é incapaz de a fazer valer aos que a rodeiam. As escolas necessitam de novas regras de gestão, com a participação das autarquias e dos pais, os professores precisam ser avaliados. É isso que a ministra defende. Mas a política nem sempre é terreno fértil para a razão.»
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Há poucos meses - em Outubro do ano passado - o ministro da Educação de
Cuba, Luis Ignácio Gomez, falou sobre a
fuga de professores na audiência de uma comissão da Assembleia Nacional. Disse, então, o ministro cubano, que entre as causas do
êxodo estão
o salário insuficiente (10 euros/mês, em 2007). O ministro citou ainda a «
falta de casa, transporte e roupas» entre os problemas enfrentados
pelos professores cubanos. Também disse que
os professores estão insatisfeitos com o "
pequeno reconhecimento" que recebem pelo seu trabalho.
Muitos professores abandonaram a actividade para trabalhar em empregos mais bem remunerados no sector turístico.
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«
O que não se aprende na escola» - um testemunho de experiência.
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«Precisa-se: povo no poder. Cozinheiras: abstenham-se» - diria Glucksmann.
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