
«Lisboa, Portas do Sol. Procissão de Santo António. Lisboa entre a tradição e a universalidade». (
Francisco Costa Afonso, Berra-boi).
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A
Alameda Digital é uma excelente revista de
actualidade, ideias e cultura de direita, sobretudo num tempo em que os partidos de direita em Portugal não dão uma para a caixa. No tema do último número citam uma frase de Guido Aristarco, datada, mas significativa: “
Quem não é comunista é fascista, use camisa negra ou não”. Não há meio termo no sectarismo comunista. Mas esta lógica não caiu com o muro de Berlim. José Saramago disse o mesmo, há dias, por palavras mais adequadas aos tempos que correm: «
Já não há governos socialistas, ainda que tenham esse nome os partidos que estão no poder». Conclusão: não há meio termo: ou comunistas ou fascistas; ou comunistas ou capitalistas; ou comunistas e direita - é a mesma coisa. Por isso, e só por isso, a
esquerda (os não comunistas, claro) é
estúpida porque não vê que o fascismo está aí a bater à porta e nada faz para o travar. Afinal de contas, ao contrário do que Saramago pensa, quer a esquerda, quer a direita, são leques abertos e em movimento. E eu que tinha dificuldade em acompanhar Norberto Bobbio em muitos dos seus argumentos fico cada vez mais disponível para dar como certas as suas conclusões sobre a
existência da esquerda e da direita. Lugar onde os comunistas não cabem.
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Corre por aí, na praça lisboeta, a febre dos «independentes». A temperatura está tão alta que
Luís Novaes Tito entende um ou outro comentário aqui produzido acerca das «ideias» de Helena Roseta para Lisboa como
«insinuações e tentativas de catalogação dos movimentos independentes como populistas». Isso significa, em primeiro lugar, que temos leituras diferentes sobre «os movimentos independentes de cidadãos». Não considero a candidatura de Helena Roseta à Câmara de Lisboa como uma candidatura «independente», no sentido de corresponder a uma «vitalidade da sociedade civil». Antes pelo contrário. Insere-se nos «movimentos» de dirigentes partidários contra os seus partidos.
São movimentos de retaliação e vingança pela perda de espaço político interno. Por razões diversas, obviamente, mas a candidatura de Helena Roseta em nada difere, na sua essência, das candidaturas de Isaltino Morais e de Valentim Loureiro, por exemplo. Em qualquer dos casos, os protagonistas – que sempre estiveram na política através dos partidos – queriam ser candidatos em nome do Partido a que pertenciam. O «partido» não lhes permitiu essa candidatura. E eles partiram para outra, como «independentes». Em segundo lugar, para obter algum sucesso, estas retaliações partidárias mascaradas de «movimento de independentes» usam o populismo como cimento ideológico. Mais concretamente: aproveitam os descontentamentos contra os «políticos» e os partidos. Caricaturando: «eu não sou político, sou independente». Foi por esta porta que, em muitos casos, se derrubaram democracias. Não é o nosso caso, naturalmente. Sobre este assunto deve ser lido o texto de Pedro Magalhães, publicado no
Público, de 11 de Junho, com o título «Independentes».
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«MOMENTO CHÁVEZ
1 e
2», Eduardo Pitta (Da literatura).
«
Os que querem calar Mário Soares», José Medeiros Ferreira (Bicho Carpinteiro).
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