Fé é acreditar até ao último momento que Ségolène poderia vencer Sarkozy ou que Serrão poderia ganhar a Alberto João Jardim. Eu sou agnóstico. Mas nada de desespero: em 1974 Mitterrand perdeu para Giscard d'Estaing .
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Funchal e Paris no começo do século passado.
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«Por detrás de Carmona Rodrigues, ao lado, em cima, a aplaudir às claras, a conspirar às escuras, a conspirar às claras, a mover-se quer como um polvo, quer como aqueles pombos que vinham nos livros antigos de zoologia, um a que tinham tirado o cérebro e ficava firme e hirto, outro a quem tinham tirado o cerebelo e ficava ali pousado na sua própria gravidade, está uma entidade pouco visível em todo este processo. Na sua declaração, Carmona Rodrigues referiu-se-lhe de passagem sem a nomear. Esta terceira entidade na crise lisboeta, não sendo decisiva em nada de importante como seja ganhar eleições, é fundamental nas peripécias. Ora peripécias é o nome do processo de Lisboa a partir de agora. Esta entidade é o aparelho político do PSD em Lisboa, a distrital de Lisboa.
(...) A segunda prevenção é que tudo o que eu digo sobre a distrital de Lisboa é aplicável ipsis verbis à estrutura idêntica do PS na capital. Os dois partidos funcionam da mesma maneira e têm um "pessoal" político que parece tirado a papel químico. E a questão está muito para além de ser do PSD ou do PS. Tem a ver com a degradação acentuada dos aparelhos partidários em Portugal. Revelam-se na sua actuação não só velhas tendências diagnosticadas há muito na "oligarquização" dos partidos, mas também as fragilidades do tecido político nacional e a crise dos partidos dentro da crise mais geral das mediações nas sociedades que caminham da democracia para a demagogia.»
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Hoje, mais uma vez, houve Vanessa Fernandes.
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Tive o privilégio (ou a desdita) de não ver televisão, nem ler os jornais cá do sítio durante 3 dias. Não vi o Milão derrotar o Manchester, nem a «obra de arte» que Carmona Rodrigues foi obrigado a produzir empurrado pelas circunstâncias que Marques Mendes lhe ofereceu; não assisti ao Expresso da Meia Noite, nem ao Benfica-Naval; não vi Mário Lino defender o aeroporto de Lisboa na OTA, evocando a sua qualidade de engenheiro inscrito na Ordem, como não vi os 300 trabalhadores da Câmara de Lisboa que, com entusiasmo, defenderam a permanência de Carmona à frente dos «destinos» da cidade; não li o Vasco Pulido Valente, nem me apercebi que uma menina inglesa foi raptada no Algarve. Ontem, sábado, às dez da noite, no aeroporto, comprei o Expresso e o Sol, mas ainda não saíram do saco de plástico. Sinto-me, pois, um reles ignorante. Mas, amanhã, assim que o sol nascer, vou agarrar as «novas oportunidades»: vou ver televisão e ler jornais todo o dia. Vou ser feliz outra vez!
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