Jorge Ferreira – o combatente mais profícuo da blogosfera – lançou outro combate.
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O texto de Pacheco Pereira publicado hoje no Público, para além da nota anterior, merece outras reflexões:
Considerando que:
1. O autor conhecia – como suponho – o que António Balbino Caldeira escreveu, no seu blogue
Do Portugal Profundo, desde há 2 anos, sobre a licenciatura de José Sócrates;
2. Nestes dois anos o assunto foi amordaçado – considera o autor – pela promiscuidade que molda a relação entre jornalistas e políticos;
Interrogo-me:
Que motivo levou Pacheco Pereira – escreveu neste 2 anos centenas de textos em jornais e revistas – também a silenciar o assunto?
Mais alguma
promiscuidade «
que escapa ao olhar do cidadão desprevenido destes meandros vitais do poder dos nossos dias»?
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José Pacheco Pereira escreve, hoje, no Público (À espera que o assunto morra por si...
) sobre a relação
entre jornalistas e políticos a propósito da licenciatura do primeiro-ministro.
Cito: «
Este "consenso" de rebanho entre jornalistas sobre aquilo de que se pode ou deve falar, e sobre os temas malditos que "sujam" as mãos de qualquer profissional e merecem o ostracismo dos outros, é o resultado destilado dos gostos, amizades pessoais e políticas, ideias feitas, ignorâncias activas, vinganças, que unem grupos de jornalistas entre si. O pack journalism traduz também a relação ambígua que muitos jornalistas mantêm com políticos que têm a mesma idade, a mesma formação, a mesma linguagem, o mesmo vocabulário, as mesmas escolas de ver o mundo, as mesmas ignorâncias, os mesmos ódios, os mesmos adversários. As paredes do Snob e outros bares frequentados pela "classe" estão cobertas destas camadas de pack journalism até ao tecto e os blogues de jornalistas revelam-nas com uma ingenuidade alarmante.
(…)
A não existir dolo, nem facilitação gravosa e excepcional no processo académico do primeiro-ministro, o que sobrará de toda esta questão é bem mais grave do que saber se José Sócrates é ou não engenheiro, agente técnico, ou estudante finalista: é o modo como a comunicação social se coloca perante o poder socialista.» (sublinhado meu).
Para que o texto de hoje, no Público, assinado por Pacheco Pereira fosse
isento bastava ter colocado, nesta última frase, o ponto final no
poder, na medida em que o
Snob não abriu as suas portas em 2005, nem se vislumbram alterações significativas entre jornalistas e políticos nos últimos vinte, vinte e cinco anos.
Foto:
O Século Ilustrado, n.346, 19 August, 1944 . Na fotografia vemos o jornalista italiano Virginio Gayda, «que foi porta-voz durante muito tempo de Mussolini.» (
Ilustração Portuguesa)
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No CDS/PP, a luta «ideológica» entre o «centro-direita» e o «centro esquerda» continua intensa. Já se admite a passagem à
clandestinidade...
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