
Li
algures, num blogue partidário do NÃO no referendo de Domingo, que "
uma embaixada portuguesa enviada à China no ano de 2007, comandada pelo então primeiro ministro José Sócrates, terá sido recebida pelo chefe de cozinha do governo chinês". São estes argumentos dos partidários do Não que me comovem: defendem a "vida" com a mesma convicção com que promovem o primeiro ministro da China, Wen Jiabao, a cozinheiro. E depois não percebem porque razão andam a falar p´ro boneco.
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Alguns dos movimentos partidários do NÃO no próximo referendo fizeram hoje propostas que ultrapassam o meu nível de compreensão. A estes juntou-se a voz de Marques Mendes. A proposta é levada da breca: se o NÃO vencer arregimenta-se uma lei qualquer que impede as mulheres que abortam (porque decidiram abortar) de serem acusadas, julgadas e condenadas. Isto significa a devassa completa, a subversão total de princípios éticos, morais e penais. Significa o desmoronar de todo e qualquer argumento a favor do Não. Ora, se o SIM ganhar o aborto continua a ser penalizado como até aqui, com excepções. Para além das já previstas no código penal, abre-se uma nova excepção: até às dez semanas, a pedido da mulher, num estabelecimento de saúde legalmente autorizado. E tão só. Se o Não ganhar a situação continua como até aqui: o aborto clandestino sem prazo. O resto é trapaça.
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