Ricardo Paula, À espera, acrílico sobre tela.
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O 10 de Junho deste ano será comemorado, pela primeira vez, em Setúbal. O Presidente da República não perde uma oportunidade para piscar o olho ao "povo de esquerda".
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Liz Taylor completou ontem 75 anos de idade, deixando atrás de si um rasto de 50 filmes e 8 maridos. Fora o resto. É uma vida em cheio!
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Extractos de O meu reino por um título!, Joaquim Fidalgo, Público, 28.02.2007
«Exemplos destes ocorrem com alguma frequência e não ajudam a credibilizar o jornalismo. Lembro um episódio semelhante em tempos, quando uma jornalista resolveu perguntar a um político se tencionava vir a candidatar-se à Presidência da República. O político respondeu que não estava a pensar nisso. A jornalista insistiu: "Mas exclui essa possibilidade?". E ele, qualquer coisa deste género: "Não excluo nem deixo de excluir. Em política, as coisas por vezes mudam, nunca se deve dizer nunca, ainda falta tanto tempo... Mas posso dizer-lhe que, neste momento, isso é questão que eu nem sequer me coloco". E a jornalista, insistente: "Mas posso deduzir das suas palavras que não exclui essa possibilidade?". E ele, meio enfadado já: "Postas assim as coisas, é claro que não excluo, mas insisto que não está nos meus propósitos, não estou a pensar nisso...". No dia seguinte, era título de jornal: "Fulano admite candidatura à Presidência da República". E assim se fabricou uma notícia. Que não era notícia, e só o foi porque a jornalista quis que fosse, forçando o político a pronunciar-se sobre um assunto, mesmo não havendo nada de concreto a dizer. Também aqui o título era formalmente correcto, mas induzia em erro.Isto de fazer títulos é uma arte difícil. Só que entre a arte do jornalismo e as artes do ilusionismo há uma distância que convém respeitar.»
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Quem é que fica com o troco...?!
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1. O anunciado cansaço de Paulo Gorjão confirmou-se. Espero que o "closed" dure pouco tempo porque é indispensável, sobretudo aos jornalistas. 2. Hoje, também, o
Rui Perdigão foi pelo mesmo caminho, mas estou certo que vai regressar como em todas as outras vezes.
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Numa pastelaria de um bairro histórico, em Lisboa, hoje, à hora pequeno almoço:
Cliente idosa para a empregada do balcão:
- Já viu D. Catarina, os socialistas fizeram uma lei para me tirarem metade da minha reforma. Que tristeza. Como é que eu vou viver?
- D. Maria, isso não pode ser. Ninguém lhe vai tirar metade da reforma. Esteja descansada.
- D. Catarina, acredite. É verdade. Li ali no quiosque no Correio da Manhã. Que tristeza. Se me tiram metade dos meus 600 euros, como é que eu vou comprar os medicamentos?
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Caro
Rui: ao meu último "
até amanhã" – um nu de
Otto Griebel - contrapões
Die Internationale , uma obra do mesmo autor na pura linha do realismo socialista, entendido como a representação figurativa do “paraíso” socialista e a exaltação das classes trabalhadoras. Depois da 2ª Guerra, Otto Griebel, na RDA, encabeçou, como representante da
Associação dos Artistas Plásticos Revolucionários da Alemanha, a luta contra a "ditadura do abstrato" e o "formalismo decorativo" – arte promovida pelos estados capitalistas, como então Otto dizia. Alimentada teoricamente por Georg Lukács, esta escola definiu um programa aprovado na
1ª Conferência de Bitterfeld, em 1959. A partir daqui iniciou-se a persiguição a todos os pintores "dissidentes" – aqueles que não aceitaram o colete de forças da nova escola. Mas, apesar de tudo, Otto Griebel foi (é) um grande pintor e o nu reproduzido (realismo socialista ou expressionismo pouco importa) é de grande qualidade.
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Ontem à noite vi, pela primeira vez, o “novo” programa de Herman José. Aguentei meia hora à espera que aparecesse alguma coisa com piada, mas não aconteceu nada. Não consegui esboçar o menor sorriso. É o pior que pode acontecer a um humorista: não ter piada. Esgotou-se e, parece, ainda não deu por isso.
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Otto Griebel (1895-1972 )
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Não invejo os
bloguistas portugueses residentes em
Macau/China.
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Ao contrário de Reinaldo Arenas, o escritor cubano
Pedro Juan Gutiérrez não foi expulso da Ilha e por lá vive, escreve e publica no estrangeiro. O que é bom porque vai transmitindo o que se passa no “paraíso” castrista. Está traduzido em português (D. Quixote) o seu
Ciclo Havana Central, composto pelas obras
Trilogia Suja de Havana,
O Rei de Havana,
Animal Tropical,
O Insaciável Homem Aranha e, o último,
Carne de Cão. Pedro Juan Gutiérrez retrata o quotidiano do povo cubano como ninguém. Num estilo simples e directo. Deste último livro transcrevo uma cena, passada na praia de Guanabo, a qual corresponde ao estilo de vida cubano moldado por meio século de “socialismo”:
«
Finalmente acabou de chover. A uns passos de mim havia um grupo de gente bêbada. Um dos homens chateou-se com a mulher. Uma gorda descomunal. O gajo disse-lhe:
-Não tens nada de falar a ponta de um caralho com ninguém. Sua puta!
- O caralho mete-lo tu pelo cu acima e puta é a tua mãe, marado!
O gajo enfiou-lhe um estalo na cara. A gorda desatou a chorar, mas pregou-lhe também um estalo. (…) O gajo tinha quatro correntes de ouro penduradas ao pescoço, com uma medalha enorme de uma santa qualquer, o peito peludo como um urso, e uma bebedeira descomunal. Arrastava a língua e dizia:
- Vou-a matar! Não tinha nada que falar com aquele negro! »
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.Aos poucos a obra literária do escritor cubano
Reinaldo Arenas vai sendo traduzida para português. No final de 2006 foram editados mais dois títulos:
O Assalto (Ambar) e
O Engenho (Antígona). Deste último transcrevo um grito de revolta saído das entranhas da Ilha do velho ditador:
« Será que ninguém sente o crepitar desesperado da Ilha
onde milhões de
escravos (já nem cor têm) esgaravatam
inutilmente a terra?
Não há nada a
dizer; resta-nos derrear o corpo e fuçar.
Não há nada a dizer da liberdade;
aqui ou nos calamos
ou morremos com um tiro.
Não há nada a dizer da
humanidade; aqui, ou aplaudimos
ou morremos com um tiro.
Não há nada a
dizer dos sagrados princípios da justiça:
aqui, ou prostramos o nosso corpo
de escravos ou morremos
naturalmente com um tiro.
Assim se resumem os
nossos direitos.»
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