O nosso Júlio Dantas.
O director do Sol, José António Saraiva, publica semanalmente na Tabu as suas Confissões – os últimos anos no Expresso, o nascer do Sol e as conversas com políticos à mesa. Na edição de hoje (páginas 96 e 97), JAS fala de si, como é habitual, a propósito de almoços ou outros encontros com António Guterres, Cavaco Silva, Jorge Sampaio e Manuela Ferreira Leite. No almoço com Guterres, por exemplo, o naco de prosa é de tal ordem narcisista e vulgar que o ex-primeiro ministro, no episódio narrado, só intervêm para dizer: “Não come?”. Com os outros personagens a história repete-se. Muitas vezes se diz (e escreve) que o director do Sol fez do Expresso o jornal do regime; falta acrescentar que neste regime, José António Saraiva representa o papel de Júlio Dantas.
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Lisboa.
Lisboa à beira-mar, cheia de vistas,
Ó Lisboa das meigas Procissões!
Ó Lisboa de Irmãs e de fadistas!
Ó Lisboa dos líricos pregões...
Lisboa com o Tejo das Conquistas,
Mais os ossos prováveis de Camões!
Ó Lisboa de Mármore, Lisboa!
Quem nunca te viu, não viu coisa boa...
És tu a mesma de que fala a História?
Eu quero ver-te. Aonde é que estás, aonde?
Não sei quem és, perdi-te de memória.
Dize-me, aonde é que o teu perfil se esconde?
(...)
(António Nobre, À Lisboa das naus, cheia de glória, edição CML, 1967.) (Foto daqui.
Textos de referência aqui e aqui.).
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