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por Tomás Vasques, em 31.07.06
Desproporcionalidades (3)
A desproporcionalidade foi tanta que até Israel a reconheceu ao suspender hoje os raides aéreos no Sul do Líbano por 48 horas, o tempo necessário para realizar um inquérito sobre o bombardeamento de Qana. Há factos tão evidentes que nem os cegos se atrevem a contraditar. O problema da desproporcionalidade usada por Israel reside essencialmente no seguinte: no complexo desenho dos múltiplos poderes internacionais e da "opinião pública internacional" é preciso que Israel tenha razão para a sua actuação e não que a desbarate gratuitamente.

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publicado às 00:40

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por Tomás Vasques, em 30.07.06

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por Tomás Vasques, em 30.07.06
Desproporcionalidades!
Os israelitas encarregam-se de explicar, todos os dias, a noção de desproporcionalidade numa guerra, mesmo com as características desta, a quem tem dúvidas. Hoje dezenas de civis inocentes, incluindo muitas crianças, abandonaram este mundo às mãos dos generais israelitas. Eu insisto na desproporcionalidade nesta guerra porque, a banalizar-se o conceito de que numa guerra não há desproporcionalidade, não tarda muito que se admita, por exemplo, que o terror nazi e os campos de concentração foram apenas "danos colaterais" numa guerra de grandes dimensões ou que o julgamento de Saddam Hussein é uma palhaçada somente reservada aos derrotados. Por ironia do destino, já a ministra dos Negócios Estrangeiros britânica, Margaret Beckett e a secretária de Estado norte-americana, Condoleezza Rice, mesmo medindo as palavras, falam em desproporcionalidade. Está tudo dito!
Termino: «Que quem já é pecador sofra tormentos, enfim! Mas as crianças, Senhor, porque lhes dais tanta dor?!…Porque padecem assim?!…»
(PS: já percebi que a guerra no médio-oriente não me vai dar tréguas durante as férias).

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publicado às 16:54

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por Tomás Vasques, em 29.07.06

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publicado às 21:14

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por Tomás Vasques, em 29.07.06
Fim de estação.
Este ano – há quem conte os anos de verão a verão – as grandes discussões nacionais não estiveram mal de todo. Não tivemos Santana Lopes para animar a discussão, como no ano anterior, mas tivemos os cartoons, os mundiais de futebol e, já com os pés de molho, a guerra no Médio-Oriente que promete ocupar o verão. (Timor não chegou a ganhar o estatuto de tema nacional). Outros pequenos acontecimentos não ficaram na memória: uma corrupçãozita aqui, uma gaffe ministerial ali, um fábrica encerrada acolá, um arrufo de docente ou de polícia sem consequência. No fundo, nada de importante: apenas pequenos retalhos na vida do dia a dia. Não temos a ETA para negociar, nem um primeiro-ministro que convoque manifestações contra Israel. Não temos um Chirac, nem sequer uma luta de galos como a que nos ofereceu Dominique de Villepin e Nicolas Sarkozy. Nem temos um Berlusconi a abandonar um estúdio de televisão a meio da entrevista, nem equipas da primeira divisão a descer à segunda por compra das arbitragens. Não temos nada de jeito que exercite a sério a nossa alma crítica e maledicente. E assim nos vamos acinzentando, cada vez mais. Um "25 de Abril" é que vinha agora mesmo a calhar.

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publicado às 00:41

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por Tomás Vasques, em 28.07.06
Foto do dia
Dmitriy Lukyanenko (fotografia pós-soviética).

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publicado às 23:21

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por Tomás Vasques, em 28.07.06
Poucas palavras bastam: há pessoas que para além de mal agradecidas, são mal educadas.

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publicado às 23:03

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por Tomás Vasques, em 28.07.06
Simples e claro para o PCP entender: «Bons e maus presos políticos».

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publicado às 21:34

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por Tomás Vasques, em 28.07.06
Simples e claro para intriguista entender : «O SEU A SEU DONO ».

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publicado às 21:24

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por Tomás Vasques, em 28.07.06
As teias que o império russo tece.

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publicado às 20:14

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por Tomás Vasques, em 28.07.06
Está lá? É da Guerra?

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publicado às 00:48

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por Tomás Vasques, em 28.07.06
Envelopes (apesar do atraso).
Estava tentado a escrever que um país que mantem Souto Moura como Procurador Geral da República não pode ser tomado a sério, mas temo que esteja a ser benovolente na apreciação.

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publicado às 00:17

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por Tomás Vasques, em 27.07.06
Questão importante.
«LÍBANO: UMA FORÇA DE INTERPOSIÇÃO DA NATO OU DA UE» Paulo Gorjão (Bloguítica). Esta, parece-me, é a questão mais importante neste momento, como escrevi no post anterior, ponto8.

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publicado às 23:18

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por Tomás Vasques, em 27.07.06
Médio-Oriente
Quase duas semanas depois pode concluir-se o seguinte:
1) Os militares israelitas depararam-se com inesperadas dificuldades no terreno no sul do Líbano. Bombardear à distância indiscriminadamente é uma coisa; avançar no terreno é outra. Hoje morreram em combate 9 soldados israelitas e, em consequência, Israel já declarou que o avanço no sul do Líbano já parou.
2) A comunicação social e, consequentemente, a opinião pública (não só a portuguesa) está a simpatizar com uma das partes: as imagens de destruição civil no Líbano, os dramas pessoais, as informações de que 30% dos mortos no Líbano são crianças, os comentadores e o próprio modo dos jornalistas abordarem os factos demonstram uma inclinação maior para a defesa da população libanesa em relação às vitimas israelitas. A morte dos 4 observadores da ONU pelos bombardeamentos israelitas ajudou muito a esta tendência, ou seja, a "desproporcionalidade" está a produzir os seus efeitos.
3) A conferência de Roma foi um exemplo de ineficácia. Esteve próximo da paródia.
4) É muito mau para a desejada paz no Médio-Oriente (e para o equilíbrio regional, incluindo a arrogância e as pretensões hegemónicas iranianas) que Israel tenha feito uma entrada de leão e venha a fazer uma saida sendeiro, hipótese que neste momento não está fora de causa.
5) A invasão do Iraque fragilizou Israel em vez do que muitos ainda pensam: que o fortaleceu.
6) Independentemente da solução final deste conflito, o Hezbollah sai reforçado significativamente junto da população libanesa.
7) Israel excedeu-se. Os israelitas não podem ter a ilusão de acabar com os extremistas arábes. Estão condenados a tê-los como vizinhos. No actual contexto internacional (caracterizado por uma crescente multipolarização de poderes internacionais: China, Rússia, América Latina, etc. e uma diminuição significativa do papel dos EUA, sobretudo depois do fracasso da invasão do Iraque) Israel deve contar mais com a inteligência política do que com os generais àvidos de medalhas.
8) Uma força militar europeia significativa no sul do Líbano seria um grande avanço na actual situação na região. Ao ouvir os representantes do PCP e do BE melhor se percebe essa importância. É triste que o PSD e o CDS (ou o PP, nunca sei como o designar) por mesquinhas razões politiqueiras digam que sim, mas levantem obstáculos, críticas, etc.).

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publicado às 22:13

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por Tomás Vasques, em 27.07.06
Blogue do mês.

Foram-se os anéis: um sitio onde tudo é contados pelos dedos.

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publicado às 21:10

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