Notícia do dia.
O estilo José Sócrates esvaziou de tal forma a oposição política que deixou a comunicação social parca de matéria: secou, completamente. Só isso pode explicar o facto de ser manchete de jornal, repetida notícia de rádio e quase abertura de telejornal televisivo uma despropositada chapada dum padre numa criança de 5 ou 6 anos. Quantas dezenas de milhares de palmadas não serão dadas por dia por pais e mães aos seus filhos sem que isso constitua maus tratos? Uma palmada numa criança ficou hoje, a nível informativo, como o principal facto a nível nacional, a par das peripécias da GNR em Timor e da morte, no Iraque, de Abu Mussab al-Zarqawi. (Ou será a comunicação social que anda pelas ruas da amargura?)
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Las caras del paisaje. Los paisajes grandiosos y espectaculares suelen ser invisibles. Cuando alguien evoca el paisaje en el que le gustaría vivir, se trata casi siempre de un lugar acaso menos llamativo, pêro capaz de seducir tanto más cuanto mejorse le conozca. Um âmbito bien determinado, por exemplo, com cursos de agua y vegetación de ribera. El contorno, más seco y dilatado, com alturas rocosas y árboles conta el cielo.
Com las caras sucede algo parecido. No es lo miesmo la cara de una figura vista de cuerpo entero que de médio cuerpo, a distancia de conversación. La diferencia se acentua todavia más a distancia de cama: rostos que hasta ese momento parecían bellos, dejan de serlo. Y otros, en cambio, se vuelven más bellos que nunca. (Luis Goytisolo, Diário de 360%, Seix Barral)
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Retirem as bandeiras das janelas, já não há nada a fazer.
A República Chega ganha o Campeonato do Mundo de Futebol derrotando na final o Brasil por 2-1.
No Grupo de Portugal serão apurados o México e o Irão, com os seguintes resultados:
Group D
Mexico 1 Iran 1
Angola 0 Portugal 3
Mexico 2 Angola 0
Portugal 1 Iran 2
Portugal 2 Mexico 3
Iran 0 Angola 0
Todos os resultados de todos os grupos, e das fases seguintes
AQUI.
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O triunfo dos porcos
Já foi comentado em muitos blogs, o que me impede as referências, mas isto cai em cima do Ministério Público (que só investiga o que lhe convém), da Polícia Judiciária (que se descredibiliza ao usar ilegal e ressabiadamente informações a que tem acesso) e do Jornalismo (para quem, até ver, vale tudo, incluindo tirar olhos). O silêncio do procurador geral da república (intencionalmente com minúsculas) significa que concorda com o triunfo dos porcos. (Adenda: tendo recebido um email "virulento" a propósito deste post (sobretudo por causa do título) e percebendo que o remetente - um anónimo, obviamente - não tem a menor ideia da alusão ao
Triunfo dos Porcos aqui deixo a informação sintética: trata-se de um romance de
George Orwell - uma sátira ao totalitarismo soviético e ao autoritarismo em geral. A ignorância ainda ocupa muito espaço!).
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Impagável
(Em tempo: em Cuba esta fórmula ainda não deu resultado).
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Peru: Sondagens dão a vitória a Alan Garcia nas presidenciais
O socialista Alan Garcia ganhou hoje a segunda volta das eleições presidenciais no Peru com 55%-52% dos votos, segundo as sondagens à boca das urnas divulgadas por três empresas privadas ao encerrarem as mesas de voto. Alan Garcia foi o mais novo presidente do Peru - apenas com 36 anos, em 1985. E regressou agora, após esta vitória eleitoral, derrotando o populista/nacionalista Ollanta Humala. A vitória de Alan Garcia - um socialista moderado - não deixa de fazer parte da grande viragem à esquerda de todo o continente sul-americano. As aventuras de Fujimori, que derrotou Vargas Llosa, e levou o Peru para caminhos tortuosos, por agora, estão enterrados.
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A ler
Um regime generoso para a função pública, Paulo Ferreira (Público, 04.06)
«Sem grande surpresa, os sindicatos da função pública opõem-se frontalmente às regras de mobilidade dos trabalhadores do Estado aprovadas esta semana em Conselho de Ministros. Fazem mal. Se, por um momento, olhassem para os planos do Governo sem o corporativismo e imobilismo que os cega, talvez entendessem que as regras que estão a ser preparadas são generosas. Aliás, as reacções cautelosas de partidos insuspeitos nestas matérias de alegada "defesa dos direitos dos trabalhadores", como o PCP ou o Bloco de Esquerda, indicam que o sistema não tem as características draconianas que eventualmente esperariam.
Primeiro, nenhum funcionário público perde o vínculo laboral com o Estado, a menos que cometa faltas graves, como recusar, por duas vezes, novas funções que lhe sejam atribuídas ou faltar a acções de formação por quatro vezes.
Depois, aos excedentários é dada a possibilidade de encontrarem emprego no sector privado, mantendo sempre uma rede de segurança: não só nunca perdem o vínculo laboral com o Estado como continuam sempre a receber, em acumulação e na pior das hipóteses, metade desse ordenado.
É contra isto que os sindicatos da função pública protestam. Mas afinal, quantos milhares de trabalhadores do sector privado não gostariam de ter estas condições quando as empresas onde trabalham começam a ter problemas?» (continua)
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Se eu amanhã acordar assim, por favor, avisem-me! 
(*com o devido respeito por quem acorda assim todos os dias)
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