O milagre de Merkel: Economia alemã regista o maior crescimento desde 2000, apesar da galopante subida do preço do petróleo. A receita, segundo os analistas: maior confiança por parte dos empresários; diminuição do desemprego; subida do consumo e das exportações e cumprimento das regras do défice público. E o IVA vai subir 3 pontos percentuais em Janeiro de 2007.
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O igualitarismo absoluto: a descredibilização (a dessacrilização?) dos titulares de orgãos de soberania não tem fim à vista. Depois do Governo ter reduzido os Juízes a funcionários públicos, a palavra dos Deputados deixa de fazer fé: o abstrato conceito de trabalho "político" deixa ser justificativo suficiente. O Deputado tem de dizer aonde estava. Mas, mais cedo ou mais tarde, vai levantar-se a questão de fixar o conceito de "trabalho político". Assistir a um jogo de futebol é "trabalho político"? E ir às compras num grande centro comercial à hora de maior movimento?
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Incoerências? Em regra, respondo a todos os e-mail que alguns leitores das parcas linhas que aqui alinhavo se dão ao trabalho de me dirigirem. Ultimamente recebi meia dúzia de e-mail que levantam, no essencial, a mesma questão: nas minhas breves notas quotidianas, umas vezes inscrevo-me à esquerda; outras vezes pareço de direita. Em que ficamos? – Quase me perguntam, como se de incoerência se tratasse. Depois de alguma reflexão (o que me permitiu avaliar se os meus os interlocutores teriam alguma razão) decidi responder a todos de uma só vez: as minhas observações são as de um liberal que preza, em primeiro lugar a democracia e, em segundo lugar, a liberdade. Daí misturar Teerão com Havana; daí, também, a minha simpatia com as expressões artísticas alternativas ou com os casamentos gays. Prefiro o arejamento ao mofo, ou seja, o preservativo à Igreja; a flexibilidade à rigidez, ou seja, o contrato de primeiro emprego ao vergonhoso recuo de Chirac. Um último exemplo: para um europeu, seja em Lisboa, Londres ou Roma, sentado na sua poltrona, em frente ao computador a escrevinhar num blogue, depois da saída da empregada doméstica, deve ser fácil “criticar “ as nacionalizações de Evo Moraes na Bolívia. Mas nunca lá estiverem. Não conhecem a profunda pobreza estampada no rosto dos bolivianos – de quase todos os bolivianos! Enquanto a democracia não for posta em causa, as medidas do Governo de Evo Moraes têm por objectivo melhorar as condições de vida do povo boliviano, mesmo sabendo que medidas idênticas não resultaram noutros tempos, nem em outras latitudes. Mas não se trata de jogos de futebol, em que a clubite domina. Trata-se da vida de milhões de pessoas. Se vai conseguir ou não ainda não sabemos. A única coisa que sabemos é que socialistas, sociais-democratas e democratas cristãos (para usar uma terminologia conhecida) afundaram a Bolívia, tal como afundaram a Venezuela, na corrupção e, consequentemente, na pobreza. Daí a simpatia por Evo Morales e pelo contrato de primeiro emprego. Incorência?
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